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Educação

Após mobilização de pais, escola em Americana suspende ensino integral

Escola Estadual Olympia Barth de Oliveira, no Jardim Ipiranga, teve protesto de parentes e professores na porta nesta quinta

Por Heitor Carvalho / Marina Zanaki

09 de outubro de 2020, às 08h41

Uma mobilização realizada por pais e professores da Escola Estadual Olympia Barth de Oliveira, no Jardim Ipiranga, em Americana, contra a implantação do ensino integral, terminou com a suspensão da medida nesta quinta-feira.

Cerca de 50 pais realizaram um protesto durante reunião para votação. A Polícia Militar e a Gama (Guarda Municipal de Americana) estiveram no local acompanhando a movimentação.

Cerca de 50 pais realizaram um protesto durante reunião para votação nesta quinta-feira; ação foi acompanhada pela polícia – Foto: Heitor Carvalho / O Liberal

A mudança para ensino integral envolve a adesão da direção, escuta da comunidade (funcionários, pais e alunos) e do conselho escolar. Membro da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Zenaide Onório lamentou a falta de transparência nesse processo, com reuniões marcadas em cima da hora e em horários diurnos que muitos pais não podem comparecer.

“É a comunidade que tem que avaliar, e a comunidade avalia que escola tem que permanecer como está. A diretora não veio falar com a comunidade, mas o supervisor afirmou que essa escola para o ano de 2021 permanece como está hoje. Se no ano que vem tiver nova discussão, terá que ser diferente, mais transparente”, afirmou.

A primeira reunião com os pais foi realizada na última quarta e o prazo para as escolas enviarem a documentação da adesão é 15 de outubro. Contudo, o processo para adesão teve início em 25 de setembro.

“Estão tentando aprovar uma coisa muito rápido, sendo que é um assunto delicado. Tem que tratar com calma, e não correndo como está”, avaliou o advogado e pai dois alunos, Pedro Alves. Ele ingressou com uma medida judicial para suspender as votações antes do protesto.

As famílias estão preocupadas que os estudantes do fundamental 1, que não são absorvidos no ensino integral, sejam transferidos para outras escolas. “Querem remanejar os alunos para a escola São Vicente de Paula, mas não tem estrutura para atender as 300 crianças que tem até o 5º ano”, afirmou Monica Nora, mãe de um estudante.

A direção da escola foi procurada durante o protesto, mas a reportagem não foi atendida.

Análise
Gestora do Programa de Ensino Integral, Bruna Waitman disse que há uma análise cuidadosa e todos os alunos da unidade são levados em consideração na mudança.

“As comunidades estão sendo ouvidas e se for desejo delas vão submeter documentação para ingressar. Se não desejarem seguem sendo escolas regulares”, afirmou.

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