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COVID-19

Após fechar no azul em 2019, Apae de Americana prevê dificuldades financeiras

Entidade terá repasse de R$ 90 mil da prefeitura para se manter; projeto foi aprovado pela câmara nesta terça e passará por uma segunda votação

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17 de junho de 2020, às 08h20 • Última atualização em 17 de junho de 2020, às 10h44

Após fechar 2019 no azul, o que não acontecia desde 2017, a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Americana prevê um período de dificuldades financeiras por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

A entidade teve de suspender parte de suas atividades por conta do risco de contaminação, o que impactou diretamente em seus recursos. A quarentena de combate ao vírus também impede a realização de atividades paralelas para arrecadar fundos.

Entidade teve que suspender parte das atividades por conta da pandemia – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A prefeitura fez um projeto de lei para autorizar o repasse mensal de R$ 90.793,15 até o fim da pandemia como forma de “socorrer” a Apae. O texto foi aprovado por unanimidade pelos vereadores nesta terça-feira. A segunda votação ocorre na quinta-feira em nova sessão extraordinária.

A associação mantém contrato com a prefeitura desde agosto de 2016 para prestação de serviços médicos ambulatoriais e de reabilitação para pacientes com deficiência física, mental e motora, mas teve de suspender o atendimento por conta da pandemia.

O vínculo é de R$ 117 mil por mês. Já o repasse previsto no projeto refere-se à média correspondente aos últimos 12 meses de execução contratual.

De acordo com o presidente da Apae, Roberto Cullen Dellapiazza, embora os usuários não estejam recebendo tratamento nesse momento, todos os profissionais seguem à disposição. A associação iniciou há dois meses a redução da jornada de trabalho para não “quebrar o caixa”.

“Com esse recurso [da prefeitura], vai amenizar. Todas as fontes complementares de renda para a Apae nós perdemos. Tivemos um problema muito sério de caixa. Estamos precisando realmente de muita ajuda neste momento para que a gente possa ficar de pé”, contou Roberto.

Em dezembro do ano passado, a Apae aceitou reduzir de R$ 1,6 milhão para R$ 318 mil uma dívida da prefeitura para ter dinheiro em caixa e assim conseguir fechar o ano no azul. Os débitos foram acumuladas pelo Executivo na gestão do ex-prefeito Diego De Nadai (sem partido) e o valor do novo acordo foi pago integralmente pelo prefeito Omar Najar (MDB).

“Estávamos com as nossas contas todas em dia, a gente estava indo bem até que entrou o coronavírus. Agora começamos a ficar com déficit. Temos problemas sérios porque ali temos uma equipe grande de funcionários, mais de 120, todos com qualificação, quase todos com duas férias a serem retiradas”, disse o presidente da associação.

Podcast Além da Capa
A pandemia do novo coronavírus completa três meses com a certeza de representar o maior desafio da carreira de gestores públicos em saúde, como é o caso dos secretários que atuam em cidades da região. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com os responsáveis pelas pastas em Americana, Santa Bárbara e Nova Odessa sobre a experiência forjada pela crise.

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