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Liberal Voluntário

Apam será a responsável pelo ‘Família Acolhedora’

Associação fará cadastro e capacitação de famílias para receber crianças e jovens

Por Valéria Barreira

14 de julho de 2019, às 08h42 • Última atualização em 14 de julho de 2019, às 08h48

A Apam (Associação de Promoção e Assistência de Americana) será a responsável pela implantação e gestão do programa “Família Acolhedora” no município. A entidade está iniciando a estruturação do serviço e espera concluir a implantação até o final de agosto.

Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG
Luiz Rosa, vice-presidente da Apam programa relevante que dará resultados

O chamamento público visando a contratação de uma OSC (Organização da Sociedade Civil) para a implantação do “Família Acolhedora” foi publicado em março pela prefeitura. A Apam foi uma das três entidades que apresentaram propostas, e acabou sendo a escolhida.

O programa consiste no cadastro, seleção e capacitação de famílias do município para receberem, por um período de até 18 meses, crianças e adolescentes retirados de suas famílias por serem vítimas de violência e abandono. Além de escolher as famílias, a Apam também fará o acompanhamento das crianças durante todo o processo.

Atualmente, esses menores são abrigados por duas instituições de Americana até que tenham o destino definido pela Vara da Infância e Juventude. O “Família Acolhedora” complementará o trabalho, ampliando a oferta de vagas.

Serão cadastradas 15 famílias para até 20 crianças ou adolescentes. O cadastro para as interessadas ainda não foi aberto. “O serviço é relevante e com certeza trará um resultado muito positivo a todos os envolvidos”, disse Luiz Rosa, vice-presidente da Apam.

O termo de colaboração entre a entidade e o município será assinado em agosto. Atualmente a instituição trabalha para a estruturação e implantação do serviço, que inclui a contratação da equipe técnica (assistente social e psicóloga) e da coordenadora.

O programa atenderá no prédio novo da Apam, inaugurado no final de 2017. O imóvel de três andares foi construído através de emenda parlamentar do ex-deputado Antonio Mentor (PT) e abriga no térreo o bazar permanente da instituição. “O objetivo do imóvel sempre foi servir a um projeto de assistência social e agora isso vai acontecer”, ressalta Luiz Rosa.

A entidade funciona no Jardim Alvorada e mantém também o serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, que atende 150 pessoas na região da Praia Azul. O projeto é feito em parceria com a Secretaria de Promoção Social e Desenvolvimento Humano.

CRITÉRIOS. Para se cadastrar no “Família Acolhedora”, os interessados terão de atender a uma série de critérios estabelecidos no edital do programa. Entre eles está residir em Americana e não ter pretensão de adotar.

As famílias selecionadas precisarão estar conscientes de que ficarão com a criança temporariamente e apesar dos vínculos estabelecidos durante a convivência terá de devolvê-la à família biológica ou a uma substituta (no caso da adoção) no final do processo.

Creche da associação é opção para cinco bairros

Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG
Mãe elogia o atendimento da associação e destaca que a filha tem cinco refeições na Apam

A creche mantida pela Apam (Associação de Promoção e Assistência de Americana) atende crianças de cinco bairros do município e todos os anos registra fila de espera. Atualmente 130 alunos de 6 meses a 3 anos e 6 meses frequentam o espaço na sede da instituição, no Jardim Alvorada.

O vice-presidente Luiz Rosa informa que as crianças residem em locais onde não há creches da prefeitura. “Preenchemos uma lacuna”, observa. Os bairros são o Jardim Alvorada, Bertoni, Mirandola, Machadinho (Condomínio Guaicurus e Asteca) e parte do Nova Americana.

Para as mães que trabalham fora, o serviço prestado pelo local faz toda a diferença. “Fiz a inscrição quando ainda estava grávida e quando voltei a trabalhar consegui a vaga”, conta Patrícia Capel. Ela não tem família no município – apenas o marido – e diz que a creche lhe permite trabalhar fora. A filha dela, Maria, de 1 ano e 5 meses, é uma das crianças atendidas pela instituição.

Ela destaca o atendimento recebido no local. “Aqui minha filha faz cinco refeições e a professora é formada em pedagogia”. Embora complemente o serviço prestado pela prefeitura na área, a entidade tem autonomia para definir o calendário anual, desde que respeite o mínimo de dias letivos.

Na prática, em comparação com as creches municipais, são mais dias atendendo crianças. Embora, por exemplo, a rede municipal esteja de recesso desde o início de julho, o local ainda está atendendo normalmente. “Aqui também não emendamos feriados. Para as mães é importante mantermos o atendimento o maior número de dias possível”, ressalta o vice-presidente.

No local, no período da manhã, a creche promove trabalhos pedagógicos com as crianças e à tarde investe no lúdico. A auxiliar administrativa Camila Dias Torrezam da Silva mantém uma filha de 9 meses (Luiza) no local, enquanto trabalha. “Consigo trabalhar tranquila porque conheço bem a creche e sei que ela está sendo bem cuidada”.

A Apam existe desde abril de 1973. Em 1997 passou a ser administrada pela Loja Maçônica Coronel William H Norris. No início dos anos 2000, construiu sua nova sede – ao lado da anterior – onde está até hoje.

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