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Solidariedade

Aos 90 anos, aposentada produz tricô para doações em Americana

Leonilda de Carlos Leal faz mantas, gorros e cachecóis em tricô para doar a moradores de rua e asilo de Americana

Por Natália Velosa*

22 de maio de 2020, às 11h15 • Última atualização em 22 de maio de 2020, às 19h16

A aposentada Leonilda da Carlos Leal, de 90 anos, está dedicando o seu tempo em casa, durante a quarentena, para a produção de mantas, gorros e cachecóis em tricô destinados para doação a moradores de rua e ao Lar dos Velhinhos São Vicente de Paulo, em Americana.

Na última arremessa, Leonilda produziu 131 mantas, cachecóis e gorros – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A filha, a professora de artesanato Silvia Leal, de 68 anos, conta que a mãe já faz as doações há dois anos, mas que se intensificou agora na pandemia do novo coronavírus (Covid-19), já que Leonilda não sai mais para ir à academia, ao supermercado ou para realizar outras tarefas que estava habituada.

Silvia contou que a mãe sofre de degeneração macular, que é a perda da visão, e também com Mal de Parkinson. Leonilda, porém, fez do tricô uma oportunidade para se distrair.

Leonilda e seu marido Rubens, que a apoia nas doações – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

“No começo, ela não aceitava que faltasse algum ponto e que não saía perfeito. Mas eu insistia para ela continuar, para incentivá-la. Eu sempre falei que para aquecer as pessoas não precisa estar perfeito, porque são doações e não vamos vender”, explicou.

Os rolos de lãs são comprados pela própria filha ou pelo pai, o aposentado Rubens Guiguet Leal, de 93 anos, que também apoia a esposa. Atualmente, o casal está passando a quarentena na casa da filha em Americana, pois na cidade onde moram, em Serra Negra, ficam sozinhos.

Leonilda da Carlos Leal tem 90 anos – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A professora de artesanato acredita que a história da mãe pode inspirar outras pessoas.

“Sempre mostrava reportagens para minha mãe de outras pessoas que tinham alguma deficiência, mas não paravam a vida ativa. Quero que ela sirva de inspiração. Tenho muito orgulho se ser filha dela”, completou.

*Estagiária, sob supervisão de Talita Bristotti

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