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Santa Bárbara

Animais resgatados de canil clandestino aguardam decisão judicial para doação

Todos os animais já receberam atendimento veterinário após o resgate, mas sete deles ainda permanecem internados

Por Heitor Carvalho

16 de setembro de 2020, às 20h06 • Última atualização em 16 de setembro de 2020, às 20h51

Os 32 animais que no início dessa semana foram resgatados de um canil clandestino no bairro Jardim Esmeralda, na zona leste de Santa Bárbara d’Oeste, passaram por tratamento veterinário e devem ser disponibilizados para adoção nos próximos dias.

Dos animais que foram apreendidos, 29 deles eram cães. No entanto, também havia um sagui, duas iguanas e calopsitas. Outros cinco, dois gatos e três cachorros, foram mantidos no local pelo delegado responsável por estarem afetivamente ligados ao espaço, que fica na avenida do Comércio.

Agora, os animais que foram resgatados aguardam uma decisão judicial para serem doados. “Existe uma quantidade gigante de pessoas que querem adotar, porém todos estão sob a nossa tutela e só serão liberados quando estiverem bem de saúde e quando o juiz determinar”, explicou Lucia Martins Paschinelli, presidente da ONG Animais Têm Voz, que participou da operação de resgate.

Animais resgatados receberam atendimento veterinário – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal

“O nosso advogado entrou com uma ação de tutela definitiva para que então possamos ter o direito de disponibiliza-los para adoção, o que deve acontecer ainda nessa semana”, afirmou Lucia. Os animais silvestres, como o sagui resgatado, foram levados para o Parque Ecológico de Americana.

Além da ONG, o deputado estadual delegado Bruno Lima (PSL) também participou do salvamento dos animais, que viviam em cômodos sujos e sem iluminação.

Segundo Lucia, o estado geral de saúde dos animais que foram resgatados é bom. “Retiramos todos eles e enviamos para uma clínica veterinária, onde eles fizeram hemograma. Cerca de 40% fizeram ultrassom, alguns foram para o oftalmo e outros para o ortopedista”, disse.

Alguns, no entanto, precisaram de cuidados adicionais. “Quatro fizeram transfusão de sangue, um passou por uma cirurgia de emergência de piometra, sendo que sete deles ainda estão internados. Todos estão em lares temporários”, concluiu.

Os responsáveis pelo canil clandestino não quiseram comentar a situação ao LIBERAL. A suspeita é de que os animais eram comercializados, visto que havia cães de raça no local, como pinscher, bulldog e shitzu. Os donos do imóvel serão multados e responderão criminalmente por maus tratos e crime contra a fauna.

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