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Boas Histórias

Americanense viabiliza cursinho virtual de graça de preparação para o Enem

Iniciativa é voltada a estudantes do 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas

Por Leonardo Oliveira

27 de julho de 2020, às 08h09

Os cursinhos populares têm se notabilizado como uma das formas de criar mais oportunidades para que alunos sem condição de pagar por um conteúdo preparatório para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) possam ter acesso a melhores oportunidades de aprendizagem dedicadas exclusivamente ao exame.

A americanense Ana Carolini Capana, de 18 anos, começou neste mês o projeto “Ajuda Aí”. Ela reuniu 17 amigos, todos estudantes universitários, para apresentar conteúdos que costumam cair no Enem. A iniciativa é gratuita e voltada para alunos do terceiro ano do Ensino Médio de escolas públicas.

Ana Carolini usa a internet como ferramenta de ajuda ao próximo – Foto: Divulgação

De segunda a sexta-feira, das 16h às 21h, o grupo organiza videoaulas através da plataforma Zoom. Ao todo, são dez disciplinas “passadas a limpo” nos encontros virtuais – entre elas, Língua Portuguesa, Inglês, Matemática, História, Geografia e Redação.

Para viabilizar a estrutura, o grupo de monitores conta com a ajuda do Colégio Antares, onde a maior parte deles estudou – segundo Ana, a instituição banca o uso do Zoom e também auxilia no fornecimento de conteúdos preparatórios para serem apresentados nas aulas.

A ideia de começar um cursinho popular veio depois que Ana ingressou na faculdade de Direito da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), neste ano. Sempre ligada a movimentos estudantis, ela viu na pandemia uma oportunidade de concretizar seu próprio projeto.

“Criei o cursinho, chamei alguns amigos meus para participar e que eu sabia que eram bons alunos e tinham ótimos rendimentos nos vestibulares. Daí a gente montou um grupão de monitores e plantonistas”, lembra, em entrevista ao LIBERAL.

A iniciativa tomou uma repercussão inimaginável para os integrantes do grupo. “Eu pensei que ia ter 15 inscritos e teve 120, do Brasil inteiro. Do Piauí, Tocantins, Amapá, Acre, Rio Grande do Sul, Rio, Espírito Santo”.

As aulas começaram no dia 13 deste mês. Pelos primeiros encontros, Ana já percebeu a necessidade de iniciativas populares para redução da desigualdade no ensino. “Tem uma galera que estuda em escola pública muito boa, mas 90% das pessoas que eu entrevistei não estão tendo aula desde o começo do ano”.

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