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PROTEÇÃO ESPECIAL

Americanense confecciona máscaras para ajudar deficientes auditivos

Máscara produzida com plástico PVC na região da boca facilita a leitura labial

Por Natália Velosa

12 de maio de 2020, às 10h50 • Última atualização em 12 de maio de 2020, às 15h12

Uma máscara feita exclusivamente para deficientes auditivos ganhou popularidade em Americana após Tânia Costa, responsável pela confecção Consagradus Vestes Sacras, de paramentos litúrgicos, começar a produzi-las na última semana.

A máscara é feita com duas camadas de tecido e uma de TNT na parte do nariz e do queixo, mas a da boca é trabalhada com plástico PVC cristal, para que possa ser feita a leitura labial.

Tânia Costa com a máscara produzida para ajudar na leitura labial – Foto: Divulgação

“A ideia começou quando minha prima, que tem um filho com deficiência auditiva, precisava se comunicar e sentia dificuldades por ele não conseguir fazer a leitura labial. Como eu estava parada na confecção, aproveitei para produzir”, conta.

A confecção de paramentos litúrgicos estava com atividades suspensas desde quando o governo do Estado de São Paulo decretou a quarentena pela primeira vez, no dia 24 de março. “Encontramos nas máscaras uma forma de conseguir reabrir”, diz Tânia, que voltou aos trabalhos no último sábado (9).

Logo no primeiro final de semana em que divulgou a produção do modelo, ela recebeu mais de 50 pedidos, inclusive de escolas, profissionais de fonoaudiologia e fábricas.

A analista contábil Kátia Scalefi, prima de Tânia, conta que já se adaptou às máscaras e que só assim foi possível continuar com as sessões de fonoterapia do seu filho, já que a terapeuta também utiliza essa proteção.

“As pessoas com deficiência auditiva estão sofrendo muito durante a pandemia por não conseguir fazer leitura labial. Conversei com as atendentes de supermercado e do Correios, que relataram a mesma dificuldade, mas com idosos. Eu mesma às vezes não consigo entender direito, então é uma ótima alternativa”, explica Kátia.

Segurança

A infectologista Ártemis Kilaris ressalta que as máscaras podem ser utilizadas e que são adequadas, exceto por profissionais da saúde dentro de um ambiente hospitalar.

O único cuidado, segundo a infectologista, é na parte de higienização. Deve-se usar por cerca de três horas e lavar todos os dias com água e sabão ou com hipoclorito de sódio. Na parte de plástico, é recomendável passar álcool 70% para fazer a desinfecção.

Compra

Para adquirir a máscara e combinar entrega ou retirada, o contato com Tânia Costa pode ser feito pelo telefone e WhatsApp: (19) 99176-8278. Cada unidade custa R$ 5.

Podcast Além da Capa
A quarentena decretada no Estado de São Paulo para combater a proliferação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) completa 50 dias nesta semana. Com as restrições impostas, muitas pessoas tiveram a rotina, hábitos e até o convívio familiar alterado. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o repórter André Rossi, que ouviu moradores da região para entender como a pandemia mudou a dinâmica de suas vidas.

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