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COVID-19

Americana vai receber 3 mil doses da CoronaVac

Lote de vacinas do Estado deve chegar ao município até esta quinta-feira e deve ser usado para imunizar apenas parte dos profissionais de saúde

Por João Colosalle

20 de janeiro de 2021, às 11h38 • Última atualização em 20 de janeiro de 2021, às 12h59

O governo estadual irá enviar para Americana 3 mil doses da CoronaVac, a vacina usada para imunizar contra o coronavírus, causador da Covid-19.

A expectativa, segundo informações da prefeitura, é de que as doses cheguem até esta quinta-feira (21) e que a vacinação comece no dia 25 de janeiro.

A quantidade é pouca para o que a prefeitura se planejava até então. Segundo o plano inicial divulgado pelo governo municipal na semana passada, com base em diretrizes do Estado, a expectativa era vacinar 35 mil pessoas com as duas doses até março, entre idosos e profissionais de saúde. O governo estadual, entretanto, já não considera ser possível cumprir o cronograma (leia mais abaixo).

Conforme previsto pelo plano de imunização dos governo estadual e federal, as primeiras doses devem ser aplicadas em profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à doença. Em Americana, há 3.738 pessoas que se encaixariam na categoria de profissionais de saúde a serem imunizados.

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São funcionários de unidades municipais, como o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, o Pronto-Atendimento Antônio Zanaga, as UBSs e ESFs, o Centro de Especialidade Odontológica, a Unidade de Atendimento Domiciliar e o Núcleo de Especialidades, e também de particulares, como os hospitais Unimed, São Lucas, São Francisco e Samaritano, bem com o hospital filantrópico Seara.

Por ora, entretanto, a prefeitura não divulgou como as doses serão utilizadas – se todas numa primeira aplicação, por exemplo, ou se as 3 mil poderão ser divididas em primeira e segunda dose para um grupo menor de imunizados.

Região

Os municípios da região vivem uma expectativa pelos lotes da vacina. Na RMC (Região Metropolitana de Campinas), apenas Campinas recebeu as doses, na segunda-feira (18).

Técnica em enfermagem da Unicamp foi a primeira pessoa fora da capital paulista a ser vacinada contra a Covid-19 – Foto: Governo do Estado de São Paulo

Nesta terça-feira (19), o LIBERAL revelou que Hortolândia receberá 2.840 doses da CoronaVac. O montante, segundo o prefeito Angelo Perugini, será utilizado para garantir a aplicação das duas doses para 1.420 profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate à pandemia.

Em entrevista exclusiva ao LIBERAL, Perugini informou que a expectativa é que as doses cheguem no município nesta quarta-feira (20).

“Isso significa que é um número muito pequeno, não dá para vacinar praticamente nem o pessoal da Saúde. Dá para vacinar exclusivamente só o pessoal mesmo de frente da Saúde, que trabalha diretamente com o coronavírus. É isso que nós vamos ter agora”, afirmou Perugini.

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“Hoje nós estamos trabalhando com o mínimo do mínimo. Vamos fazer com o que nós temos, mas a situação virou dramática. Essa vacina de agora é apenas um entusiasmo, um incentivo de que a vacina vai chegar, que nós vamos ter vacina. É só para isso que está sendo essa vacina agora”, apontou Perugini.

Até a manhã desta quarta-feira, o Estado ainda não havia divulgado quantas doses cada município da região receberia, nem a data em que os lotes seriam encaminhados.

O LIBERAL apurou, junto à fontes do DRS-VII (Departamento Regional de Saúde) de Campinas, que cidades acima de 30 mil habitantes, como é o caso dos cinco municípios da RPT (Região do Polo Têxtil), receberão a vacina direto de São Paulo, ou seja, sem ter de passar por um ponto de redistribuição.

Impasse

A vacinação contra a Covid-19 no Brasil vive um impasse diplomático em relação aos insumos e imunizantes. O País negociava com a Índia a importação de um lote de 2 milhões de vacinas da Universidade de Oxford e da empresa AstraZeneca adquiridas pelas Fiocruz, mas a entrega fracassou.

Na semana passada, um avião chegou a ser enviado para buscar o material, mas parou em Recife antes de cruzar o Atlântico, ante a falta de confirmação do governo indiano que as vacinas seriam entregues.

O governo da Índia, maior fabricante mundial de vacinas, anunciou nesta terça-feira que enviará a partir de hoje material para vacinas contra a Covid-19 a seis países e que aguarda confirmação de autorizações regulatórias locais para mandá-lo também a outros três países. O Brasil não consta na lista.

Em outra frente, o País aguarda insumos vindos da China para a produção de vacinas, como a CoronaVac.

Diante da dificuldade, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu uma audiência com o embaixador da China, Yang Wanming, para tratar sobre o assunto. Segundo Maia, o encontro deve ocorrer nesta quarta-feira, 20, pela manhã.

Profissional de saúde é vacinada nesta quarta-feira, 20, em São José dos Campos – Foto: Governo do Estado de São Paulo

Iniciada domingo, a vacinação contra a covid-19 no País pode ser interrompida em pouco tempo por dificuldades na importação de imunizantes prontos e de matéria-prima para a produção. O programa começou com apenas seis milhões de doses da Coronavac, importadas da China.

O Instituto Butantã ainda aguarda a chegada do chamado Insumo Farmacêutico Ativo, o princípio ativo da vacina, que também vem da China, para poder fabricar mais doses. Para especialistas, há risco real de a vacinação contra a covid-19 ser interrompida em pouco tempo, por falta total de imunizantes.

Planos iniciais divulgados pelas prefeituras com base em diretrizes do governo estadual, por exemplo, já previam datas para a imunização de idosos acima de 60 anos. Em Americana, a expectativa era de vacinar cerca de 32 mil pessoas nessa faixa etária.

O baixo número de vacinas, entretanto, já fez com que o governo do Estado suspendesse o cronograma inicial de vacinação. Novas datas deverão ser apresentadas para a população idosa.

Com informações da Agência Estado

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