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Americana

Americana ultrapassa marca de 10 mil casos do novo coronavírus

Do total de infectados, a maioria se recuperou da doença; 9.888 dos que se contaminaram estão curados, o equivalente a 95%

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26 de janeiro de 2021, às 17h53 • Última atualização em 27 de janeiro de 2021, às 10h58

A cidade de Americana ultrapassou os 10 mil casos do novo coronavírus (Covid-19), e tornou-se a primeira cidade da região a atingir essa marca.

Foram confirmados 493 novos casos no boletim desta terça-feira (26), totalizando 10.376 moradores que se infectaram com a doença.

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O alto número de confirmações nesta terça-feira está relacionado a um represamento de notificações. O sistema do Ministério da Saúde (E-SUS) apresentou problemas desde a semana passada, prejudicando o registro de novos casos positivos no período.

Do total de infectados, a maioria se recuperou da doença – 9.888 dos que se contaminaram estão curados, o equivalente a 95%.

O percentual é maior do que no Estado de São Paulo. Do total de 1.715.253 casos confirmados, 86% se recuperou (1.477.114 curados). Os dados são desta terça-feira.

Pacientes retornam com sequelas

A Secretaria de Saúde de Americana revelou que muitos pacientes que tiveram alta médica há meses acabam retornando à rede básica com alguma queixa decorrente de sequelas.

Até o momento, dez pacientes precisaram de assistência específica após a internação por Covid-19, nas áreas de gastroenterologia, dermatologia, cardiologia, nefrologia e otorrinolaringologia.

“Mas esse número pode ser maior, visto que nem sempre vem destacado como ‘paciente Covid’ na ficha de encaminhamento, o que torna inviável a identificação e a separação dessa demanda específica”, disse a secretaria.

Segundo a prefeitura, os pacientes são encaminhados diretamente pela unidade hospitalar e também unidades básicas de saúde.

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Longa recuperação

A cozinheira Cátia Rosa de Carvalho dos Santos, de 40 anos, teve alta em junho após ficar internada com coronavírus no Hospital Municipal de Americana.

Ela chegou a ficar seis dias intubada, e foi a primeira paciente grave de Covid-19 que conseguiu se recuperar no HM.

Mesmo após sete meses da alta, Cátia ainda sente efeitos da doença e do período de internação.

Curada da Covid-19, a cabeleireira Cátia teve feridas nos pés e perdeu força dos músculos – Foto: Ernesto Rodrigues/O Liberal

Ela contou que surgiram feridas nos calcanhares em função do tempo deitada no leito, e que ao longo dos últimos meses precisou fazer um tratamento com três pomadas. A cada duas semanas, ia ao posto de saúde para trocar o curativo.

Cátia também apresenta o fôlego mais curto do que antes de contrair o vírus. “Se esforçar muito dá aquele cansaço, mas é normal. Depois do Covid piorou mais, mas também estou com sobrepeso, fiquei muito tempo parada, no total uns sete meses sem andar muito”, ponderou a cozinheira.

“Logo que tive alta a médica falou para fazer caminhada leve, que é bom para recuperar o pulmão, mas como tive problema no pé agora que estou começando a me movimentar mais. Se andar muito sangra, machuca”, disse a cabeleireira.

Ela contou que ao sair do hospital, não recebeu nenhum encaminhamento para fisioterapia. Como ficou muito tempo imóvel, havia perdido força nas pernas e nos braços.

Cátia contou com a ajuda de um primo que é fisioterapeuta e com uma profissional do próprio hospital que passou por WhatsApp exercícios para que ela fizesse em casa.

Mesmo após ter recuperado o olfato e o paladar, Cátia notou que ele demorou cerca de cinco meses para retornar à intensidade normal.

Hoje, ela já voltou a trabalhar, e está conseguindo fechar as feridas nos calcanhares.

“Covid é uma coisa que a gente tem medo, é um vírus que a gente não sabe como vai ficar, como vai passar, é tudo meio difícil. Graças a Deus estou bem”, finalizou a cozinheira.

Podcast Além da Capa
São 11 novos vereadores em Americana a partir deste ano na comparação com a legislatura que terminou em 2020. Falamos sobre o desenho que se apresenta na atuação dos parlamentares e a relação com a pandemia da Covid-19 nesse contexto.

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