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Americana

Americana tem trimestre mais chuvoso dos últimos cinco anos

Cenário em Americana contrasta com o de Sumaré, onde os três primeiros meses registraram o menor volume desde 2014

Por Rodrigo Alonso

14 de abril de 2021, às 07h22 • Última atualização em 14 de abril de 2021, às 10h55

O primeiro trimestre de 2021 foi o mais chuvoso dos últimos cinco anos em Americana. Entre janeiro e março, ao todo, choveu 695 milímetros, 10,5% a mais do que no mesmo período de 2020, conforme números divulgados pela Defesa Civil.

 Entre janeiro e março deste ano, em Americana, choveu, ao todo, 695 milímetros – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

O cenário de Americana contrasta com o de Sumaré, que teve o primeiro trimestre mais seco desde 2014, com 386 mm, índice 35,8% menor do que os 602 mm registrados em 2020. A informação é da BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto na cidade.

Em Santa Bárbara d’Oeste, de acordo com a prefeitura, o volume também caiu, de 540,5 mm em 2020 para 530,3 em 2021.

Em Americana, dos quatro anos anteriores a este, 2017 teve o primeiro trimestre menos chuvoso, com 423,4 mm, 39% a menos do que em 2021. Depois, choveu 481,5 mm em 2018, 642,9 em 2019 e 628,7 em 2020.

Com Sumaré em situação oposta, a BRK Ambiental reforça as recomendações por um consumo consciente de água. Dos últimos oito anos, apenas 2014, época da pior crise hídrica enfrentada pela região Sudeste, ficou abaixo de 2021 com relação à quantidade de chuva registrada no primeiro trimestre, com 377 mm.

“A relação menos chuva e temperaturas altas tem impacto direto no sistema de abastecimento de água. Com menos chuva, os mananciais de captação tendem a ficar com níveis mais baixos. Com temperaturas mais altas, o consumo de água na cidade tende a ser mais elevado. Por isso, voltamos a reforçar a mensagem pelo uso consciente da água em qualquer época do ano”, disse Rafaella Scorsatto Lange, gerente de operações da concessionária.

Essa diferença entre Americana e Sumaré, que fazem parte da mesma região, foi possível porque este verão ficou marcado por chuvas mais localizadas, segundo Ana Ávila, pesquisadora do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

“A chuva ocorreu de forma bastante variável, chovendo alguns dias de maneira intensa em alguns municípios. Isso fez com que a gente tivesse uma alta variabilidade espacial das chuvas”, afirmou.

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