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COVID-19

Americana revê restrições e libera lojas de alimentos e salões de beleza

Novo entendimento é de que salões envolvem uma questão de "higiene pessoal", segundo o Governo Omar Najar

Por André Rossi

28 de março de 2020, às 08h40

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Prefeitura informou que incluiu os salões de beleza como serviços essenciais por ser tratar de uma “questão de higiene pessoal”

A Prefeitura de Americana publicou nesta sexta-feira um novo decreto no qual revê restrições e libera o funcionamento de salões de beleza e similares durante a quarentena vigente para combater a proliferação do novo coronavírus (Covid-19). O documento assinado pelo prefeito Omar Najar (MDB) permite ainda o funcionamento de lojas de suplementos alimentares e comércios que vendem alimentos, mas também outros tipos de produtos.

Durante uma transmissão no Facebook na quarta-feira, o secretário de Negócios Jurídicos, Alex Niuri, chegou a dizer que a questão dos salões de beleza teria que ser pensada “nos próximos dias”. Inicialmente, esse tipo de estabelecimento não estava entre os essenciais e, portanto, proibido de funcionar.

“Os salões são espaços fechados, com grande aglomeração, com aquele secador turbinando, levando Covid, empurrando pra longe um do outro. Realmente, nesse primeiro momento, nesse estágio inicial de 15 dias que estamos aprendendo a lidar, tive conhecimento que foram fechados na cidade por ter aglomeração de pessoas”, disse Niuri.

Questionada sobre a mudança de entendimento nesta sexta-feira, a prefeitura informou que incluiu os salões de beleza como serviços essenciais por ser tratar de uma “questão de higiene pessoal”. Entre as regras para que os salões possam funcionar, está a disponibilização de álcool em gel 70% para funcionários e clientes. Só poderão ser atendidas no máximo duas pessoas simultaneamente, separados por uma distância de dois metros.

Parte das outras mudanças já haviam sido adiantadas pela prefeitura na quinta-feira, após deliberação do Comitê de Gestão de Crise.

“Ogrupo entendeu que, uma vez que os estabelecimentos possuem documentação voltada para uma das áreas essenciais neste período de isolamento, ainda que vendam mercadorias para além de produtos alimentícios, o funcionamento desses comércios é importante”, informou a prefeitura,

É o caso da Manduri Festas, que reabriu nesta sexta-feira. Além de alimentos, eles comercializam itens para festas e acessórios descartáveis.

“Logo no primeiro dia o fiscal viu que a gente se enquadra no ramo de alimentos, mas não é supermercado. O que era um negócio injusto. O supermercado vende os produtos que eu vendo. Só ele pode abrir e eu não?”, disse o proprietário da Manduri, Lucas Marostica.

A prefeitura reforçou nesta sexta-feira que o novo decreto não prevê abertura de bares “e nem abranda as regras para funcionamento de restaurantes”.

Liberados

Essa foi a segunda vez que a prefeitura reviu restrições impostas ao comércio desde terça-feira, quando teve início a quarentena em todo o Estado de São Paulo. Na quarta-feira, liberou a abertura de bancas de jornais e óticas, que não tinham sido incluídas entre as atividades listadas como essenciais.

Na oportunidade, o secretário de Negócios Jurídicos, Alex Niuri, ressaltou que as autoridades estão descobrindo serviços essenciais durante a quarentena. Ele também garantiu que o município seguiria o decreto estadual de quarentena.

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