25 de abril de 2024 Atualizado 09:59

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Covid-19

Americana registra menos da metade dos leitos para coronavírus ocupados

Apesar do pico de internações no Estado, município tinha 41% dos leitos com respirador ocupados nesta segunda-feira

Por Marina Zanaki

23 de fevereiro de 2021, às 07h19 • Última atualização em 23 de fevereiro de 2021, às 11h00

A cidade, que há dois anos contava com 245 espaços públicos de tratamento em diferentes níveis de complexidade, fechou o ano passado com 152 - Foto: Marcelo Rocha - O Liberal - 06/02/2021

Apesar das internações em UTI (Unidades de Terapia Intensiva) no Estado de São Paulo terem superado o pico da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em Americana a ocupação geral de leitos específicos está em 41%.

Do total de 56 leitos com respiradores nas redes pública e privada, 23 estão ocupados. Considerando apenas o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, a ocupação de respiradores está em 35% (de 17 no total, seis estão ocupados). A ocupação da enfermaria do HM, contudo, está em 78%, com 14 pacientes internados.

A Secretaria de Estado da Saúde revelou que havia 6.410 pessoas internadas em leitos de UTI em São Paulo nesta segunda-feira, entre suspeitos e confirmados. No pico das internações, em julho do ano passado, eram 6.257 internados. (Leia mais sobre o tema no Caderno 360°).

Infectologista na linha de frente da pandemia e membro do Comitê de Crise da Prefeitura de Americana, Arnaldo Gouveia Junior disse que as internações diminuíram nas duas últimas semanas no município.

“Ainda está tendo internação regularmente, mas não está feio como foi nas últimas semanas de janeiro e nas duas primeiras de fevereiro, que tinha a rebarba das festas de final de ano”, avaliou o médico ontem.

Ele disse que é difícil prever se a alta de internações no Estado de São Paulo pode se refletir em um novo crescimento na região. Por isso, destacou a importância de cumprir rigorosamente as medidas sanitárias.

“Claro que pode ter de novo pico aqui, mas espero que não. À medida que as faixas etárias mais arriscadas vão sendo vacinadas, vai caindo internação. Hoje o grosso que interna é menor de 60 anos, mas morre mais a partir dessa faixa. O ideal é vacinar acima de 40 anos, vai melhorar bem nossa vida. Mas antes de junho acho muito difícil”, disse.

Arnaldo indicou que o pico de internações no estado pode estar associado à situação da região de Araraquara, que enfrenta um colapso do sistema de saúde.

“O Estado de São Paulo é quase do tamanho da França, que tinha epidemia em uma parte do País e a outra estava tranquilo. Por isso é importante zonear”, finalizou.

Publicidade