Violência
Americana tem 5,3 mil pedidos de medidas protetivas
Números foram divulgados pela Secretaria de Ação Social durante lançamento da campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”
Por Marina Zanaki
21 de novembro de 2019, às 09h53 • Última atualização em 21 de novembro de 2019, às 10h00
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/americana-registra-53-mil-pedidos-de-medidas-protetivas-para-mulheres-1109255/
Entre 2013 e 2019, o TJ (Tribunal de Justiça) recebeu 5.321 pedidos de medidas protetivas para mulheres vítimas de violência em Americana. Para efeito de comparação, a cidade de Campinas teve 6.953 solicitações nesse mesmo período. O município campineiro tem 1,1 milhão de habitantes, cinco vezes mais que Americana.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira pela Secretaria de Ação Social e Desenvolvimento Humano durante o lançamento da campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”.
“Se as mulheres de Americana estão buscando medidas protetivas, é porque temos equipamentos e profissionais que podem acolhê-las. Temos um conselho da mulher ativo e vamos continuar divulgando e fortalecendo os projetos para diminuir os índices”, disse a vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Léa de Fátima Amabile de Queiroz Telles.
Até outubro deste ano, 368 mulheres deram entrada em hospitais da rede pública e privada de Americana após terem sofrido algum tipo de violência.
Coordenadora da Unidade de Direitos Humanos da Secretaria de Ação Social e Desenvolvimento Humano, Alcimara Silva Batalhão disse que apesar das leis contra a violência de gênero, ainda faltam discussões.
“Devemos fazer a campanha porque na realidade a mulher ainda sofre discriminação na política, em casa, nas rodas de conversas e piadas machistas. É possível ser macho e não machucar as mulheres”, disse a coordenadora.
A campanha será realizada até 10 de dezembro. O evento de lançamento contou com a palestra “Identidade da mulher negra – discutindo gênero, etnia e raça”, apresentada por Cláudia Monteiro, representante da Unegro de Americana e do Coletivo Batakotô.
Estão previstas ainda rodas de conversa, entrega de material informativo e palestras ministradas pela Guarda Municipal de Americana sobre a Patrulha Maria da Penha. A programação completa está no site da prefeitura.