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Covid-19

Americana registra 24 profissionais de saúde infectados pela Covid-19

Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi tem oito funcionários afastados, dos quais três testaram positivo e cinco são suspeitos

Por Marina Zanaki

23 de maio de 2020, às 10h34 • Última atualização em 23 de maio de 2020, às 11h23

Americana tem 24 profissionais da saúde que moram no município e testaram positivo para o novo coronavírus (Covid-19). Desses, 14 estão curados, nove cumprem isolamento domiciliar e um está internado.

As confirmações foram entre abril e maio. Há ainda outros 12 profissionais da saúde que estão com suspeita para a doença.

Segundo a prefeitura, quatro servidores que trabalham do Hospital Municipal testaram positivo, e um deles já retornou às atividades.
No momento, há oito funcionários afastados – três que testaram positivo e cinco com suspeita.

Um médico do Hospital Municipal de Americana que pediu para não ser identificado contou à reportagem que a notícia da internação do enfermeiro Renan Daniel do Prado, de 32 anos, abalou os servidores.

Enfermeiro Renan Daniel do Prado está internado em estado grave em Piracicaba – Foto: Reprodução – Facebook

O enfermeiro, que já trabalhou na rede pública da cidade e mora no bairro São Jerônimo, está internado em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Estadual de Piracicaba com coronavírus.

“Os funcionários veem a situação do Renan, que era de nossa convivência diária e está grave em Piracicaba, e percebem como estão em vulnerabilidade”, contou o médico.

Segundo ele, os profissionais encaram a contaminação por coronavírus como uma certeza e a maioria está relapsa nos cuidados por acreditarem que não conseguirão evitar o contágio. Eles também encaram hostilidades por parte de vizinhos. “Somos vistos como potenciais vetores da doença”, contou o médico.

Conselheira do Coren (Conselho Regional de Enfermagem) de São Paulo, Erica Chagas de Araújo reconhece que, mesmo com todas as medidas de proteção, é impossível impedir que ocorram contaminações.

“Vou dizer que 100% de segurança não é real. O profissional de enfermagem fica à beira do leito, ao lado do paciente sete dias por semana, 24 horas por dia”, analisou.

“O que pode aumentar a margem de segurança é a soma de fatores como aperfeiçoamento profissional para lidar com a doença e usar paramentação, bom dimensionamento para não sobrecarregar profissionais e ter o material. Pelo que temos visto, a falta de EPI (Equipamento de Proteção Individual) foi mais crítica no começo, agora está controlada”, apontou.

Região

Em Santa Bárbara d’Oeste, nove profissionais da saúde testaram positivo para a doença. O município esclareceu que tem realizado treinamentos periodicamente e que os EPIs estão sendo disponibilizados para uso “racional”.

O LIBERAL levantou nos boletins que Nova Odessa teve ao menos cinco moradores que trabalham na saúde infectados – todos atuam em hospitais fora do município. Hortolândia e Sumaré não informaram.

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