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B&G-Cred

Americana é alvo de operação sobre esquema de pirâmide financeira

Polícia Federal prendeu empresário dono de empresa de serviço de crédito que tem filial na Avenida Brasil, na cidade

Por Maria Eduarda Gazzetta

11 de novembro de 2021, às 11h25 • Última atualização em 12 de novembro de 2021, às 17h21

Um empresário de 26 anos e outras três pessoas foram presas pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (11), suspeitos de promoverem um esquema de pirâmide financeira, por meio de um grupo de financeiras que movimentou R$ 100 milhões em quatro anos. Uma das filiais do grupo funciona na Avenida Brasil, em Americana, desde 2019.

Uma das filiais do grupo investigado pela operação funciona na Avenida Brasil, em Americana – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

O empresário apontado como líder do esquema e o diretor geral do grupo investigado foram presos na saída de uma casa de shows em São Paulo, na manhã desta quinta, por policiais federais.

De acordo com a PF, a dupla seria conduzida até a sede da polícia em Jales para ser ouvida. Os outros presos são a ex-esposa do empresário e a diretora financeira do grupo.

A operação, batizada de Ponzi, em alusão a um operação fraudulenta, contou com apoio da Polícia Civil e Ministério Público Estadual de Santa Fé do Sul, na região de Jales.

Ao todo, quatro mandados de prisão e vinte e três mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Estadual de Santa Fé do Sul para serem cumpridos em Americana, Santa Fé do Sul, Santa Clara d’Oeste, Votuporanga, Bebedouro, Araçatuba, Casa Branca, Santana de Parnaíba e São Paulo.

O esquema

Durante as investigações, a Polícia Federal apurou que em apenas dois anos o empresário abriu dezenas de empresas e filiais da B&G Cred em várias cidades do interior paulista, tendo como fachada a oferta de serviços de créditos de bancos diversos.

Carros de luxo foram apreendidos durante a operação Ponzi – Foto: Polícia Federal / Divulgação

A estrutura, no entanto, segundo a apuração, era voltada para convencer poupadores a entregarem suas economias em troca de altas taxas de juros remuneratórios que chegavam até 6% ao mês, que eram pagos com recursos de novos investidores, caracterizando um esquema de “pirâmide financeira”.

Apreensões

Nas buscas nesta quinta, a polícia localizou uma mansão, chácaras e um terreno às margens do Rio Paraná, além de vários carros de luxo e uma aeronave, que serão apreendidos. Três embarcações de grande porte também foram apreendidas com o apoio de equipes da Polícia Militar Ambiental de Fernandópolis.  

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Segundo a PF, os presos serão indiciados, na medida de sua culpabilidade, pelos crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, estelionato, crime contra a economia popular e organização criminosa, com as penas máximas somadas de até 24 anos de reclusão.

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