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Americana

Ajudante confessa que matou empresária e pede perdão para família

Bruno César Bueno Bernava chorou por diversas vezes durante os depoimentos de acusação; ele está sendo julgado hoje pelo Tribunal do Júri

Por Leonardo Oliveira

18 de fevereiro de 2020, às 11h39 • Última atualização em 18 de fevereiro de 2020, às 12h37

O ajudante de cozinha Bruno César Bueno Bernava, de 30 anos, confessou nesta terça-feira (18), durante julgamento no Fórum de Americana, ter matado a empresária Kátia Keiko Picioli Ferreira. Interrogado durante o Tribunal do Júri, ele admitiu que a matou por causa de ciúmes. O crime aconteceu na manhã do dia 22 de outubro de 2018.

Foto: Reprodução
Bruno Bernava e Kátia Keiko: assassinato de empresária de Americana foi motivado por ciúmes

“Confesso a todos presentes nesse plenário que infelizmente cometi tal crime. Me arrependo profundamente, peço perdão a todos, inclusive a família da Kátia e a minha família. Eu não sou digno de fazer minha defesa, por isso deixo para meu advogado”, disse Bruno.

Foi desta maneira que o ajudante começou seu depoimento, no Fórum de Americana. Ele foi o último a ser ouvido. Durante os depoimentos das testemunhas de acusação, Bruno chorou, mostrando inquietação.

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Bruno e Kátia se relacionaram por mais de dois meses. O ajudante narrou que a empresária tinha lhe chamado para ir até a casa dela na manhã do crime para conversarem. Já dentro do imóvel, Bruno se aproveitou de um momento de desatenção da mulher para pegar o celular dela.

Ele alega que viu uma troca de mensagens de Kátia com um rapaz e que se irritou com o conteúdo. “Aí foi a hora que eu perdi a cabeça e a gente começou a discutir. Ela veio pra cima de mim, ela foi para o banheiro, eu fui atrás. Ela começou a jogar objetos em mim. Foi onde eu imobilizei ela por trás e infelizmente aconteceu essa tragédia”, acrescenta.

Bruno também confessou que esteve nos quatro dias anteriores ao crime sob uso de cocaína e que estava “louco”, ainda sob efeito de drogas, quando matou Kátia. Apesar disso, nega que tenha tido a intenção de mata-la e que apenas queria imobilizá-la.

Esse é o ponto de divergência entre o réu e a acusação. Bruno alega que o que matou a empresária foi o mata leão aplicado nela quando eles brigaram dentro da casa, enquanto o laudo pericial mostra que ela morreu duas horas depois, já fora da casa.

O corpo dela foi encontrado com uma toalha enrolada no pescoço. O acusado porém, nega que tenha usado a toalha para asfixiar a vítima. Além disso, havia hematomas na cabeça dela e sangue no chão da casa.

Bruno novamente negou ter a acertado com socos. “Jamais tive a vontade de tirar a vida da Kátia ou de outra pessoa. A intenção era acalmá-la”, relatou.

Foto: Reprodução
A empresária Katia Keiko Picioli Ferreira tinha 40 anos e deixou três filhos

O julgamento segue com o pronunciamento do promotor do MP (Ministério Público). Depois, será a vez dos advogados do réu falarem. O júri decidirá se condena ou absolve o réu e o juiz dosará a pena em caso de condenação.

Fim do relacionamento

As testemunhas ouvidas durante o julgamento relataram que o relacionamento entre os dois havia terminado semanas antes do assassinato. Kátia tinha um filho e duas filhas – essas deixaram a casa para morar com o pai por não aprovarem o relacionamento.

A situação teria magoado a empresária, que decidiu pelo término. Mas Bruno não teria respeitado a decisão e passou a seguir Kátia onde ela ia. A mulher chegou a trocar as fechaduras da casa depois que o relacionamento acabou.

Além da Capa, o podcast do LIBERAL

A trajetória do impasse em torno da lei municipal de incentivo ao esporte em Americana é o assunto desta edição do Além da Capa. Ouça:

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