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Caso Emily

Advogado de suspeito de sequestrar Emily nega cárcere privado

Defesa diz que Paulo Cesar da Silva Santos, 28, não sabia que ela era uma criança: “falsa percepção da realidade”

Por André Rossi / Rodrigo Alonso

13 de julho de 2020, às 18h01 • Última atualização em 13 de julho de 2020, às 18h58

O advogado Marcelo Rosa Maia, defensor de Paulo Cesar da Silva Santos, 28, disse que seu cliente não manteve em cárcere privado a menina Emily Bello Soares da Silva, 11, moradora de Santa Bárbara d’Oeste.

Segundo advogado, Paulo conheceu a menina em um aplicativo de relacionamento e não sabia sua real idade – Foto: Rodrigo Alonso – O Liberal

O homem era procurado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) desde a última sexta-feira (10) suspeito de ter sequestrado a menina no dia 5 de julho. Ele se entregou nesta segunda-feira (13) para prestar depoimento.

Paulo se apresentou na sede da DIG por volta das 16 horas. De acordo com seu advogado, ele conheceu a menina através de um aplicativo de relacionamentos e não sabia sua real idade, já que ela utilizaria um perfil fake (falso).

O suspeito buscou Emily em casa, no bairro Jardim Europa na madrugada no dia 5 de julho e só teria percebido que se tratava de uma criança no dia seguinte, segundo seu advogado.

“Não fazia transparecer para ele que ela tinha essa idade. Incorreu uma falsa percepção da realidade. Marcou esse encontro, pegou ela à noite. Ela estava com capuz, roupa de moletom. Foi para o apartamento e no outro dia foi revelado qual era a realidade da situação”, disse Maia.

O advogado conta que Paulo não acionou a polícia por ter medo de ser preso e porque não sabia como lidar com aquela situação. Ele nega que a garota tenha passado fome e que tenha sido mantida em cárcere privado.

“A porta do apartamento ficava aberta. Isso vai ser comprovado através das câmeras de segurança do local. Ele saiu varias vezes. Ela não queria ir embora. Tudo está registrado nas mensagens que ela trocava com outras pessoas no celular dela”, afirmou Maia.

Emily foi encontrada na manhã da última quinta-feira (9), em um posto de combustível da Praia Azul, em Americana. A menina disse que Paulo Cesar a manteve em cárcere privado por quatro dias num apartamento, que fica no condomínio Praças de Sumaré, no Jardim Santa Maria, em Sumaré.

Ainda de acordo com a menina, o sujeito a mandou sair do cativeiro após ter visto, na televisão, uma reportagem sobre o desaparecimento dela. Ela contou que a repercussão do caso o deixou com medo.

Emily contou que saiu do local na madrugada de quinta, a pé e sozinha, andou pela Rodovia Anhanguera (SP-330) e parou no posto de combustível da Praia Azul. Ela teria percorrido, então, uma distância de aproximadamente dez quilômetros.

A defesa de Paulo Cesar, por outro lado, diz que foi o homem que levou a menina até a região da Praia Azul, pois ela teria familiares que residem no local. O suspeito também teria deixado dinheiro com a menina para que pegasse um ônibus.

O apartamento em Sumaré pertence a irmã do homem. O advogado diz que nenhum dos familiares tinha conhecimento da situação.

“Se ele errou, ele vai arcar na medida da culpabilidade dele com aquilo que ele fez, mas a família não tem nada a ver. Existia apenas o Paulo, que vai arcar com a responsabilidade dele”, comentou Maia.

Além da Capa
Totalmente paralisado na região desde o início da quarentena de combate ao novo coronavírus, o setor de eventos ainda está “no escuro” sobre quando as atividades poderão ser retomadas, ainda que de forma parcial. Além da indefinição, uma série de dificuldades surgiram por conta da situação. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o repórter André Rossi sobre o panorama do segmento em Americana e região.

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