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137 DEMISSÕES

Accell faz pedido de recuperação judicial

Nova direção diz que situação foi causada pela gestão anterior da empresa

Por Maria Eduarda Gazzetta

02 de julho de 2022, às 08h51

Sindicato realizou assembleia com 35 funcionários demitidos - Foto: Claudeci Junior / O Liberal

A empresa multinacional Accell Solutions, que tem filial em Americana e é especializada em produção e fornecimento de medidores de água, gás e energia, deu entrada no pedido de recuperação judicial – procedimento que permite a renegociação de dívidas e a suspensão de prazos de pagamento -, há 15 dias.

A medida, que gerou a demissão de 137 colaboradores até o último dia 27, foi tomada após problemas administrativos causados pela gestão anterior, de acordo com informações da nova diretoria.

“A empresa esgotou todas as possibilidades antes de entrar com o pedido. A gente precisa recuperar o que foi perdido porque tem fraudes envolvendo bem móveis e imóveis, pagamentos, entre outros. Então, o objetivo é localizar esses bens e valores, e reavê-los para que continue girando. Nesse período de recuperação judicial, a empresa construirá soluções viáveis para a sua reestruturação”, disse o advogado da companhia, William Oliveira.

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O profissional explicou que para o processo de recuperação judicial a empresa precisou reajustar o quadro de colaboradores, além de diminuir turnos, entre outras ações.

Por conta dessas demissões, o Sindicato dos Metalúrgicos de Americana realizou nesta quinta uma assembleia com cerca de 35 funcionários demitidos para esclarecer dúvidas sobre a situação da companhia.

“Explicamos que estamos cobrando da empresa um plano de pagamento aos colaboradores, que não receberam nada do que eles têm de direito e que, a empresa, ainda não apresentou nada formalmente para nós”, comentou a dirigente do sindicato, Dayse Caetano.

Greve
Ela não descartou uma possível greve dos colaboradores. “Eles prometeram que até o dia 8 de julho devem pagar o salário de junho. Caso isso não ocorra, os próprios trabalhadores estão mencionando parar”, concluiu.

A empresa disse ao LIBERAL que os trabalhadores que foram desligados já podem dar entrada e sacar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Entretanto, por conta da situação judicial da empresa, a multa rescisória e da demissão deverão ser pagas em até um ano.

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