Comércio em queda
Aberta desde 1978, New Sport anuncia fechamento da loja
Entre os motivos apontado pela proprietária estão as dificuldades do comércio em Americana, implantação da Área Azul e incertezas sobre o futuro
Por Maíra Torres
23 de maio de 2020, às 17h36 • Última atualização em 23 de maio de 2020, às 17h38
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/aberta-desde-1978-new-sport-anuncia-fechamento-da-loja-1214386/
A loja de artigos esportivos New Sport, localizada na Rua Anhanguera, em Americana, confirmou neste sábado ao LIBERAL que vai fechar as portas.
No momento, a loja está vendendo os itens em estoque com desconto por meio de atendimento presencial, com meia porta, e pelas redes sociais. O encerramento definitivo das atividades ainda não tem uma data definida.
Aberta por João Larose em 1978, o comércio completaria 42 anos de funcionamento em agosto. João faleceu em 2006 e era marido da atual proprietária, Lorisa Agostinetto, que decidiu fechar a loja após reflexões sobre as vendas do comércio de Americana.
“O comércio de Americana já vem com uma queda, temos dificuldades há um tempo. Aí veio a Área Azul. A princípio achei que nem ia nos prejudicar porque temos estacionamento. Mas o pessoal que vem no Mercadão, na feira de adoção e comer pastel deixou de vir”, explicou.
“Daí veio a pandemia e eu fiz uma escolha”, ressaltou, descartando a possibilidade de que a loja estava com dificuldades financeiras. “Foi uma decisão. A empresa não quebrou”.
À reportagem, Lorisa disse que três funcionários serão desligados da empresa. A proprietária disse que não há chance de reabertura. O prédio deve ser vendido após o encerramento total das atividades.
Por funcionar há 42 anos, Lorisa considera que a New Sport seja tradicional em Americana. Ela conta que ouve relatos de clientes que antes frequentavam o local com os pais e hoje o fazem com os filhos.
Salão de festas
Lorisa explicou que, além do problema no comércio de Americana, também levou em consideração as dificuldades em realizar planejamentos e o fato de possuir outro negócio, um salão de festas em Nova Odessa.
“Achei que ia ficar muito difícil fazer qualquer planejamento no nosso País. Por mais que a pandemia seja atípica, é muito difícil ter uma porta aberta pagando tudo o que tem que pagar, sem vender, sem ter perspectiva ou organização do município, Estado e governo”, alegou.
“Já tinha esse pensamento e como tenho outro negócio, achei por bem encerrar esse e ficar com um comercio só, porque o comércio realmente já não estava bom”, justificou.