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Notícias que inspiram

A paixão por uma justa causa

Profissional idealizou Centro de Atendimento Médico Veterinário de Oncologia Animal

Por Jucimara Lima

25 de julho de 2022, às 06h24

Alexandre planeja implantar projeto em Americana e considera a ação sua missão de vida - Foto: Junior Guarnieri - Liberal.JPG

Ele não é americanense, contudo é tão apaixonado por Americana que é como se tivesse nascido aqui. Em 1992, o médico veterinário Alexandre Longhi, de 54 anos, encontrou na cidade o lugar ideal para construir sua vida ao lado da esposa, a artista plástica Patricia, com quem teve dois filhos, um garoto de 18 e outro de 20 anos, sendo que o mais velho, assim como o pai, também escolheu a missão de cuidar dos animais.

Segundo Alexandre, sua Clinvet é, no momento, a clínica mais antiga em atuação na cidade, considerando que há 30 anos ele comanda o espaço que sempre esteve na Avenida Campos Salles, 1360. “Americana me abraçou de uma maneira que me emociono só de falar”, diz.

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Dos primeiros tempos, o veterinário se recorda que chegou a morar no espaço, que a princípio era alugado, mas que alguns anos depois ele comprou, reformou e transformou em um prédio todo equipado.

Atualmente, o espaço conta com aparelho de raio-x, ultrassom, endoscopia, eletrocardiograma, microscópio oftálmico, centro cirúrgico, estética animal, hospedagem e muito mais. Além dele, que é especialista em oftalmologia e ortopedia, outros dois profissionais atendem no espaço, com planos para ampliar em breve.

Parceria com a Gama. Com tudo isso, não é difícil imaginar que a agenda do veterinário é bem concorrida. Ainda assim, ele encontra tempo para se dedicar às ações sociais, como o atendimento gratuito aos cães da Gama (Guarda Municipal de Americana). “Sou muito grato por tudo que a cidade me proporcionou, então, eu queria devolver um pouco. Digo que na Guarda trabalho com meus super-heróis. Eles defendem, fazem patrulhamento, ronda escolar, sem contar o trabalho desses cães farejadores antidrogas”.

Além de tratar da saúde de oito cães, Alexandre também participa do projeto Gama Adestra. O programa consiste em formar grupos de até 40 pessoas que tenham cães com desvios comportamentais. O veterinário explica que ao todo são seis aulas de adestramento sendo três teóricas e três práticas. Indo para a terceira turma, no dia 17 de setembro ocorrerá a aula inaugural.

O carinho do médico veterinário com seu paciente – Foto: Divulgação

Clinvet e Amigos. Há cinco meses uma nova missão entrou na vida de Alexandre. Ele conta que certo dia estava observando o tamanho do espaço que tinha no estacionamento da clínica quando teve a ideia de utilizar para promover uma feira de adoção. Nascia assim o Clinvet e Amigos. A feira acontece todo segundo sábado do mês, das 9h às 13h, e conta com a participação de vários parceiros. Os animais disponíveis para adoção são de três cidades, sendo de uma ONG (Organização Não Governamental) de Nova Odessa, da SOS Animais, de Santa Bárbara d’Oeste, e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), de Americana.

CAMVOA: a menina dos olhos. Apesar de tantas ações, o veterinário confessa que sua “menina dos olhos” é o CAMVOA (Centro de Atendimento Médico Veterinário de Oncologia Animal), um projeto que ele idealizou para cuidar de cães cujos tutores sejam de baixa renda.

Belíssima, a ação tem um significado muito profundo para ele. “Foi a forma que encontrei para ajudar esses animais que tanto precisam”, emociona-se.

Assim, com a parceria da SOS Animais, que cedeu espaço, ele começou o atendimento em 26 de maio. Até aqui, já são 13 animais operados e mais de 30 em acompanhamento, algo que tem realmente feito a diferença.

“Deus faz os milagres. Ele coloca a gente no lugar certo, então, acabamos tratando tanto dos animais quanto das famílias, que por questões de vulnerabilidade social precisam desse auxílio. Isso é muito gratificante “, pontua.

Agora, ele sonha em poder implantar a ação em Americana, contudo, para isso, precisa de um espaço.

Somado a tudo, Alexandre acaba de ser convidado para participar do Comsaúde (Conselho Municipal de Saúde) de Americana como o primeiro médico veterinário a fazer parte da comissão. Indicado pelo CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) do Estado de São Paulo, ele também atuará na ouvidoria.

Sobre como consegue conciliar tantas atividades com maestria, ele brinca que quem organiza sua agenda é Deus, por isso tudo se encaixa. “Você não se cansa, não reclama e acha tempo para tudo”, conclui. 

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