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Medicamento

Diferença entre os remédios de referência e genérico

Medicamentos não têm diferenças quanto aos efeitos no organismo, mas precisam passar por testes da Anvisa; preço pode variar

Por Da redação

01 de novembro de 2019, às 09h29 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h00

Visitar uma farmácia parece algo bastante comum para muita gente. Mas para outras é uma rotina diária. Desde quando compramos um remédio esporádico ou quando fazemos uso de medicação contínua, o mercado de fármacos está bastante diversificado e os preços bem variados.

Dentre as opções nos oferecidas, o farmacêutico ou o atendente do local nos pergunta se queremos os remédios de referência, os medicamentos genéricos ou os similares. Mas o que cada um deles significa?
O remédio de referência é aquele inovador, a novidade mais recente apresentada pela indústria farmacêutica.

Com preços mais elevados, suas eficácias e resultados foram comprovados junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O registro para comercialização e uso geralmente são cadastrados no site da agência, que disponibiliza a lista dos remédios desta categoria.

Foto: Reprodução
Desde 2013, medicações de referência, genéricos e similares precisam comprovar terem os mesmos efeitos e composição química para chegarem ao mercado

Preferidos no gosto popular, os remédios genéricos costumam ter um preço mais acessível e são fáceis de encontrar no mercado. Eles não podem ter marca, devendo ter apenas o nome do princípio ativo na embalagem. Esses medicamentos possuem os mesmos princípios ativos dos remédios tradicionais, com a mesma dose e a mesma forma farmacêutica. Sua ação nos tratamentos médicos são a mesma dos remédios mais caros, onde o genérico é a opção. Principalmente em cidades pequenas, onde o medicamento genérico é mais encontrado, com preço menor e maior opção.

Com a quebra das patentes no Brasil, as indústrias farmacêuticas não precisam realizar as pesquisas que são realizadas nos medicamentos de referência. Identificados com uma faixa com o nome de medicamento genérico, a criação deste vem da década de 70, com o começo das discussões. Sua efetivação veio no final da década de 90, através de Lei que regulamentou a venda e comercialização dos genéricos, com as primeiras unidades sendo comercializadas no primeiro trimestre de 2000.

Para a comercialização, o valor deve ser ao menos 35% mais barato que o remédio de referência, o que reduz o valor dos remédios mais caros no mercado, aumentando o acesso dos usuários aos remédios.

Segundo a Anvisa, os medicamentos similares têm por característica manter os mesmos princípios ativos, na mesma concentração, mesma dose e mesma forma farmacêutica do que aqueles medicamentos de referência ou os genéricos. A diferença está no fato de que esses medicamentos possuem marca e nome fantasia.

Para se ter uma ideia, o medicamento similar é aquele oferecido ao usuário quando o mesmo busca um medicamento de referência. Para a comercialização deste tipo de remédio no mercado, os medicamentos similares devem passar pelo mesmo processo de comprovação que os outros passam na agência.

Apesar disso, sua má fama ocorre devido ao fato de que, no início, a Anvisa não exigia pesquisas comprovando que esses medicamentos eram cópias fiéis aos de referência. Porém, atualmente, é preciso que os fabricantes desses medicamentos apresentem estudos comparativos e que demonstrem a eficácia dos mesmos.

Com os preços elevados dos medicamentos de referência, diversas farmácias dedicam grande parte de sua lista de remédios para os genéricos e similares. Oferecendo descontos para os clientes, o preço final costuma ser bem menor do que os encontrados nos medicamentos mais caros.

Segundo levantamento divulgado pela Anvisa, esses tipos de remédios ocupam hoje, 65% mercado nacional, de acordo com as estatísticas de 2017. Naquele ano, 2,9 bilhões de caixas dos genéricos e similares foram comercializadas, sendo que deste, 1,5 bilhão foram dos genéricos e mais de 1,3 milhão foram de medicamentos similares comercializados.

Os medicamentos genéricos e similares também dominam a lista de remédios encontrados nos serviços de saúde pública. Os médicos que atendem pelo sistema público de saúde são obrigados por lei a prescrever o remédio pelo princípio ativo, oferecendo economia e facilidade caso o medicamento não seja ofertado pela saúde do município.

Dados levantados em 2010 mostram que, no SUS, são oferecidos medicamentos mais similares do que genéricos. Trabalho realizado em 2007 levantou o número de medicamentos genéricos e similares que são encontrados nas farmácias públicas e privadas, e constatou-se que ao menos no SUS, a preferência é dos remédios similares.

Fonte: www.pessoadoente.com.br

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