Saúde
Cultivo de maconha para fins medicinais é discutido
No Brasil, a agência já autoriza pedidos para importação de óleos e medicamentos à base principalmente de canabidiol
Por Agência Estado
10 de junho de 2019, às 15h04 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h04
Link da matéria: https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/brasil/anvisa-discute-cultivo-de-maconha-para-fins-medicinais-e-de-pesquisa-1024769/
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute nesta terça-feira a liberação do cultivo e produção de maconha no País para fins medicinais e científicos. Atualmente, o plantio de cannabis, nome científico da planta, é proibido no Brasil, mas há grupos e associações que conseguiram decisões judiciais para a produção no Brasil.
A diretoria da Anvisa discute a possibilidade de levar à consulta pública duas propostas em análise desde 2017. A primeira que cria regras o plantio de cannabis no Brasil para pesquisa e produção de medicamentos. Uma segunda sobre os critérios para registro, monitoramento e comercialização desses produtos.
Atualmente, no País, a agência já autoriza pedidos para importação de óleos e medicamentos à base principalmente de canabidiol, substrato da maconha mais comum na produção de medicamentos. Atualmente, apenas a produção de um medicamento é permitido no País.
O uso de derivados da maconha é mais comum em enfermidades degenerativas como doença de Parkinson e esclerose múltipla até a alguns níveis de autismo e tipos de câncer.
Se aprovados os dois pareceres da consultoria técnica da Anvisa, as propostas serão levadas à consulta pública. Após essa etapa, os técnicos finalizam um projeto final que terá que ser votado pela diretoria da agência novamente. Ainda não há estimativa quando a norma técnica poderia entrar em vigor.