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Política

Vereador é condenado por assédio contra assessor

Assédios foram registrados em aplicativo de mensagem e gravações em áudio no gabinete do político, que não teve o nome divulgado pela Justiça

Por Agência Estado

29 de junho de 2019, às 13h35 • Última atualização em 30 de junho de 2019, às 13h51

Os desembargadores da 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo condenaram um vereador de um município do interior do Estado por improbidade administrativa, por assédio moral e sexual contra um assessor. A decisão determinou a perda da função pública; suspensão dos direitos políticos por três anos e multa correspondente a duas vezes o valor de sua remuneração.

As informações foram divulgadas pelo TJ que, no entanto, não revelou o nome do político, nem seu partido, nem o número do processo.

Consta nos autos que o vereador indicou e nomeou, em cargo em comissão, um assessor de gabinete e “o assediou moralmente e sexualmente dentro das dependências da Câmara”.

Os assédios foram registrados em aplicativo de mensagem e gravações em áudio no gabinete do político.

O assessor registrou um boletim de ocorrência, após o vereador ir até sua casa com a intenção de discutir, e foi demitido quando o réu ficou sabendo do registro na polícia.

De acordo com a relatora da apelação, desembargadora Teresa Ramos Marques, “o conjunto probatório evidencia que o réu, aproveitando-se de sua condição de superior hierárquico, assediou a vítima, constrangendo-o a manter relações sexuais sob a ameaça de perda do emprego, fato incompatível com os princípios da administração pública, especialmente aqueles relativos à legalidade, moralidade administrativa e supremacia do interesse público”.

O julgamento teve a participação dos desembargadores Antonio Carlos Villen e Antonio Celso Aguilar Cortez.

A decisão foi unânime.

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