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Política

‘Sou escravo da Constituição’, diz Bolsonaro sobre sanção a fundo eleitoral

Presidente tem feito acenos a sua militância para convencer que é contra o fundo, mas que para não cometer crime de responsabilidade terá de aprová-lo

Por Agência Estado

03 de janeiro de 2020, às 11h06 • Última atualização em 03 de janeiro de 2020, às 14h25

Foto: Marcos Corrêa - PR
Bolsonaro repetiu que o Aliança Pelo Brasil, partido que tenta tirar do papel a tempo das eleições de 2020, não deve se beneficiar do fundo eleitoral

O presidente Jair Bolsonaro voltou a sinalizar nesta sexta-feira, 3, que deve sancionar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões ao Orçamento de 2020. Ele disse que essa “bomba” estourou no seu colo. “Sou escravo da Constituição”. O presidente tem feito acenos a sua militância para convencer que é contra o uso do fundo, mas que para não cometer crime de responsabilidade terá de aprová-lo.

Bolsonaro repetiu que o Aliança Pelo Brasil, partido que tenta tirar do papel a tempo das eleições de 2020, não deve se beneficiar do fundo eleitoral. “Vou ter zero do fundão”, disse.

O presidente afirmou que pretende enviar proposta ao Congresso Nacional para que o fundo seja usado pelos partidos para obras como em hospitais, escolas e pontes. Ele não deixou claro se a ideia é mudar regras sobre fundo partidário ou eleitoral – ou ambos. “Se tiver oportunidade, quero apresentar projeto que dinheiro do fundão, que os partidos possam usar em Santas Casas, escolas, fazer uma ponte. Acho que estaria sendo bem usado. Ou revogue a lei de 2017. Não bote no meu colo o problema”, disse.

O presidente afirmou que não “baterá” em outros Poderes. “Muita gente acha que tenho de ser o machão. Bate no Parlamento, bate no Judiciário, bate no TCU. Não tem de bater em ninguém”, afirmou.

Reforma administrativa

Bolsonaro afirmou que deve voltar a discutir a reforma administrativa em reunião nas próximas semanas com ministros. “Queremos reforma que não cause nada de abrupto na sociedade. Não dá para consertar calça velha com remendo de aço”, afirmou. Ele ainda disse que a economia vê “números” ao propor medidas, enquanto ele deve avaliar “números e pessoas”.

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