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reunião ministerial

Resumo: o que disseram o presidente e seus ministros no vídeo da reunião

Reunião ministerial ocorreu no dia 22 de abril e é considerada peça-chave na investigação sobre possíveis interferências de Bolsonaro na PF

Por Agência Estado

23 de maio de 2020, às 07h27 • Última atualização em 24 de maio de 2020, às 10h10

Família
Jair Bolsonaro, presidente da República: “Mas é a putaria o tempo todo pra me atingir, mexendo com a minha família. Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar foderem a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira.”

Reunião ministerial ocorreu no dia 22 de abril e é considerada peça-chave na investigação sobre possíveis interferências de Bolsonaro na PF – Foto: Marcos Corrêa/PR_22.04.2020

PF
Bolsonaro: “E eu tenho o poder e vou interferir em todos os ministérios, sem exceção. Nos bancos eu falo com o Paulo Guedes, se tiver que interferir. Nunca tive problema com ele, zero problema com Paulo Guedes. Agora os demais, vou! Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações.”

Pandemia do novo coronavírus
Bolsonaro: “Olha, eu tô, como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Como é fácil. O povo tá dentro de casa. Por isso que eu quero, ministro da Justiça e ministro da Defesa, que o povo se arme! Que é a garantia que não vai ter um filho da puta aparecer pra impor uma ditadura aqui! Que é fácil impor uma ditadura! Facílimo! Um bosta de um prefeito faz um bosta de um decreto, algema, e deixa todo mundo dentro de casa. Se tivesse armado, ia pra rua. E se eu fosse ditador, né?”

“Eu queria desarmar a população, como todos fizeram no passado quando queriam, antes de impor a sua respectiva ditadura. Por que que eu tô armando o povo? Porque eu não quero uma ditadura! E não dá pra segurar mais! Não é? Não dá pra segurar mais.”

Bolsonaro: “O que esses caras fizeram com o vírus, esse bosta desse governador de São Paulo, esse estrume do Rio de Janeiro, entre outros, é exatamente isso. Aproveitaram o vírus, tá um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta. Que quem não conhece a história dele, procura conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado! (…) Então, pessoal, por favor, se preocupe que o de há mais importante, mais importante que a vida de cada um de vocês, que é a sua liberdade. Que homem preso não vale porra nenhuma.”

Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos: “A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos. E nós estamos subindo o tom e discursos tão chegando. Nosso ministério vai começar a pegar pesado com governadores e prefeitos. Nunca vimos o que está acontecendo hoje. Se eles falavam que nós éramos violadores de direitos, eles estão, inclusive, o governador Wellington, agora, ontem, determinou que a polícia poderá entrar nas casas. Vocês não … imagina o que ele vai fazer!”

“Poderá entrar na ca… A polícia poderá entrar na casa sem mandato. Então, assim, as maiores violações estão acontecendo nesses dias. Então, nós estamos fazendo um enfrentamento, mais de cinco procedimentos o nosso ministério já tomou iniciativa e nós estamos pedindo inclusive a prisão de alguns governadores.”

Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania: Fomos acometidos de algo muito grave, que é uma doença, e que foi levado ao paroxismo da histeria porque serve a interesses de muitos, os mais variados, eu não vou aqui detalhar. Mas, sinceramente, temos que rapidamente voltar ao que nós estávamos fazendo, porque nós estávamos no caminho certo e a prova disso é que todo mundo voltou a olhar o Brasil com respeito.”

Impeachment
Bolsonaro: “Quando se fala em possível impeachment, ação no Supremo, baseado em filigranas, eu vou em qualquer lugar do tenitório nacional e ponto final! O dia que for proibido de ir. .. pra qualquer lugar do Brasil, pelo Supremo, acabou o mandato. E, espero que eles não decidam, ou ele, né? E, espero que eles não decidam, ou ele, né? Monocraticamente, querer tomar certas medidas, porque daí nós vamos ter um… uma crise política de verdade. E eu não vou meter o rabo no meio das pernas. Isso daí. .. zero, zero. Tá certo? Porque se eu errar, se achar um dia ligação minha com empreiteiro, dinheiro na conta na Suíça, porrada sem problema nenhum. Vai pro impeachment, vai embora. Agora, com frescura, com babaquice, não!”

Supremo Tribunal Federal
Abraham Weintraub, ministro da Educação: “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF. E é isso que me choca. Eu percebo que tem muita gente com agenda própria. Eu percebo que tem, assim, tem o jogo que é jogado aqui, mas eu não vim pra jogar o jogo. Eu vim aqui pra lutar. E eu luto e me ferro. Eu tô com um monte de processo aqui no comitê de ética da Presidência. Eu sou o único que levou processo aqui. Isso é um absurdo o que tá acontecendo aqui no Brasil. A gente tá conversando com quem a gente tinha que lutar. A gente não tá sendo duro o bastante contra privilégios.”

Exames do novo coronavírus
Bolsonaro: “Paralelamente a isso tem aí OAB da vida, enchendo o saco do Supremo, pra abrir o processo de impeachment porque eu não apresentei meu… meu exame de… de… de… de vírus, essas frescurada toda, que todo mundo tem que tá ligado.”

Bolsonaro: “Todos os ministros têm que falar isso aí, não é só a Justiça. Todos têm que falar. Tá? Então é isso que eu apelo a vocês, pô. Essa preocupação. Acordem para a política e se exponham, afinal de contas o governo é um só. E, se eu cair, cai todo mundo. Se tiver que cair um dia, vamos cair lutando, uma bandeira justa. Não por uma babaquice de exame… antivírus, pô. Pelo amor de Deus, pô. Tá?”

Aprovação de propostas
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente: “Eu acho que o Meio Ambiente é o mais difícil, de passar qualquer mudança infralegal em termos de infraestru… e… é… instrução normativa e portaria, porque tudo que a gente faz é pau no Judiciário, no dia seguinte. Então pra isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De Iphan, de Ministério da Agricultura, de Ministério de Meio Ambiente, ministério disso, ministério daquilo… Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada a simplificação que nós precisamos, em todos os aspectos.”

Economia
Paulo Guedes, ministro da Economia: “Está cheio de gente pensando nessa eleição agora, e botando coisa na cabeça de todo mundo aqui dentro, que são governadores querendo fazer a festa, são às vezes ministros querendo aparecer, tem de tudo. E todo mundo vem aqui: ‘Vamos crescer, agora temos que crescer, tem que ter a resposta imediata, porque o governo vai gastar’. O governo quebrou! O governo quebrou! Em todos os níveis. Prefeitura, governador e governo federal.”

Incentivos ao turismo
Guedes: “Deixa cada um se foder. Ô Damares, deixa cada um… O presidente fala em liberdade. Deixa cada um se foder do jeito que quiser. Principalmente se o cara é maior, vacinado e bilionário. Lá não entra nenhum, lá não entra nenhum brasileirinho.

Banco do Brasil
Guedes: “O Banco do Brasil não é tatu nem cobra. Porque ele não é privado, nem público. Se for apertar o Rubem (Novaes, presidente do BB), coitado. Ele é super liberal, mas se apertar ele e falar: ‘bota o juro baixo’, ele: ‘não posso, senão a turma, os privados, meus minoritários, me apertam.’ . Aí se falar assim: “bota o juro alto”, ele: ‘não posso, porque senão o governo me aperta’. O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização. O senhor (presidente) já notou que o BNDE e o … e o … e a Caixa que são nossos, públicos, a gente faz o que a gente quer. Banco do Brasil a gente não consegue fazer nada e tem um liberal lá. Então tem que vender essa p… logo.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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