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Política

Quem diz que não há fome no Brasil ‘não está vendo’, diz Luciano Huck

Em Vila Velha, no espírito Santo, empresário e apresentador criticou a desigualdade social no Brasil e rebateu declaração de Bolsonaro sobre a fome

Por Agência Estado

14 de agosto de 2019, às 16h30 • Última atualização em 14 de agosto de 2019, às 17h40

O empresário e apresentador Luciano Huck criticou a desigualdade social no Brasil e afirmou nesta quarta-feira, 14, em Vila Velha (ES), que quem diz que não há fome no País é porque “não está vendo”. Em junho, o presidente Jair Bolsonaro afirmou a jornalistas estrangeiros que é uma “grande mentira” que existam pessoas passando fome no Brasil – e depois se corrigiu.

“Tem gente que diz que não se passa fome no Brasil. Não está vendo”, disse Huck, durante debate “Futuro do Brasil”, evento do qual também participaram o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung e empresário e fundador do RenovaBR, Eduardo Mufarej.

Foto: Divulgação / TV Globo
Luciano Huck rebateu declaração de Bolsonaro sobre a questão da fome no Brasil

Huck disse que considera Hartung como seu “mestre Miyagi”, em referência ao personagem do filme “Karatê Kid”, dos anos 1980. Para o empresário, o ex-governador tem calma nos movimentos e é estratégico.

No ano passado, o RenovaBR, criado em 2017, foi a base de lançamento da candidatura presidencial do apresentador Luciano Huck – Hartung chegou a ser cotado como vice numa possível chapa. O projeto, no entanto, não se concretizou, mas o RenovaBR transformou-se num programa bem-sucedido de bolsas para formação de políticos em início de carreira.

Em 2018, RenovaBR elegeu nove deputados e um senador, entre eles Tabata Amaral (PDT-SP), Felipe Rigoni (PSB-ES) e Marcelo Calero (Cidadania-RJ). Alinhado a Huck, Hartung elogiou movimentos de renovação política e formação de lideranças como o RenovaBR. Para ele é prioridade a criação de políticas públicas especialmente em educação e infraestrutura. “Precisamos de gente, as máquinas não nos substituem”.

Huck citou uma viagem à Coreia do Sul, feita para seu programa, na qual levou uma professora para conhecer o sistema de ensino do país, para justificar mais investimentos em educação. “Não dá pra falar em meritocracia enquanto a escola do rico não for a escola do pobre”.

Já Mufarej defendeu a participação cidadã em prol da democracia. “Existe um movimento da sociedade civil de ocupar os espaços”. O empresário comparou o jogo de rugby com a existência de boas práticas políticas. “Ética e transparência é muito difícil na sociedade brasileira. Política é uma missão, e não um negócio.”

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