Política
Para Maia, conflito entre governadores e governo federal não ajuda
Por Agência Estado
23 de março de 2020, às 15h06 • Última atualização em 23 de março de 2020, às 18h51
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu diálogo entre o governo federal e os Estados. Para ele, o conflito entre os poderes não ajuda o País em um momento de crise. “Todos que hoje têm responsabilidade precisam compreender que, para superação da crise, precisam deixar o debate eleitoral para o momento adequado, principalmente o de 2022. Não podemos deixar que nossas diferenças políticas nos contamine porque não vai nos levar a lugar nenhum”, disse.
Maia afirmou que cabe ao governo oferecer as condições para superar o momento, para que não tenha uma queda muito grande dos empregos. “Acho que em conjunto a gente possa encontrar as soluções e o setor privado possa sobreviver a essa crise. Agora não tenho dúvida da necessidade de diálogo permanente e que o governo federal tem o papel de protagonista na intervenção, junto com setor privado, para que a gente possa garantir os empregos no Brasil”, disse.
Maia defendeu a aprovação do chamado Plano Mansueto e disse que há possibilidade de se aprovar a matéria rapidamente.
Bolsonaro x governadores
A relação entre Jair Bolsonaro e governadores voltou a se desgastar no domingo, 22, quando o presidente afirmou que os governadores, sem nomear quais, são “exterminadores” de empregos e estão de olho em sua cadeira no Executivo. “Não podemos extrapolar na dose. Com o desemprego, a catástrofe será maior”, afirmou em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record TV. “Os governadores são verdadeiros exterminadores de empregos. Essa é uma crise muito pior do que a causada pelo coronavírus no Brasil.”
Ao longo da semana passada, Bolsonaro já havia criticado governadores que tomaram medidas para restringir a circulação de pessoas. No sábado, em entrevista à CNN Brasil, o presidente chamou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de “lunático” e o acusou de fazer política em cima da crise do coronavírus.
Já nesta segunda-feira, 23, o presidente baixou o tom e decidiu chamar os governadores para uma videoconferência com o objetivo de discutir medidas de combate à pandemia.