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Política

Não há ‘nenhum risco’ de que não ocorram eleições em 2022, afirma Doria

Em busca de apoio eleitoral, Doria procurou se colocar como uma alternativa ao ex-presidente Lula e a Bolsonaro

Por Agência Estado

10 de julho de 2021, às 21h50 • Última atualização em 11 de julho de 2021, às 10h40

O governador de São Paulo (PSDB), João Doria, viajou neste sábado, 10, para Campo Grande e a Goiânia para começar sua campanha por votos nas prévias do PSDB. O partido vai definir em novembro o candidato para disputar as eleições presidenciais de 2022. Aos colegas de legenda, criticou os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso.

O tucano disse que não há “nenhum risco” de não ocorrer eleições no ano que vem. “Num país democrático, que respeita a Constituição, e com um povo mobilizado em defesa à democracia e respeito aos Poderes, não vejo nenhum campo para não termos eleições”, disse. “Esse espírito autoritário do atual presidente não tem amparo na população brasileira. E a maioria dos governadores querem eleições no ano que vem, pelo voto eletrônico”.

Dividindo o palanque com o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, Doria procurou se colocar como uma alternativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Bolsonaro. De acordo com a pesquisa Ipec mais recente, o petista tem 49% das intenções de voto e venceria no primeiro turno. O atual presidente tem 23%. Doria aparece empatado tecnicamente com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). O pedetista tem a preferência de 7% dos entrevistados, ante 5% do tucano.

Pesquisa Datafolha divulgada esta semana indicou cenário semelhante. Doria comentou que o levantamento é “um retrato do momento”. “Nos estimula, nos motiva, mas nos mantém num campo de humildade e na certeza de que precisamos trabalhar muito”, declarou. “E, principalmente, é preciso respeitar o processo eleitoral interno do PSDB”.

Durante o evento do partido em Campo Grande, o governador Azambuja chamou Doria de “pai da vacina”. Ele criticou ainda a atuação do governo federal diante da pandemia. “Poderíamos ter um resultado muito melhor se tivéssemos um País unido. E não esses ataques (de Bolsonaro aos governadores)”, completou.

À tarde, Doria seguiu para Goiânia, onde participou de um segundo encontro com correligionários. Lá, discursou ao lado do ex-governador e aliado Marconi Perillo e buscou novamente se contrapor a Lula e a Bolsonaro. O diretório estadual paulista do partido pagou R$ 25 mil pelo aluguel de uma aeronave para fazer as viagens. O governador retornou a São Paulo ainda na noite de sábado.

Além de Doria, são cotados para concorrer às prévias tucanas o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador cearense Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. O paulista deve fazer uma campanha mais intensa que os adversários, e planeja visitar duas capitais por fim de semana.

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