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Política

Mulher de Wajngarten é nomeada para conselho presidido pela primeira-dama

Por Agência Estado

09 de abril de 2020, às 16h54 • Última atualização em 09 de abril de 2020, às 19h23

A publicitária Sophie Wajngarten, casada com o chefe da Secretaria Especial de Comunicação (Secom), Fábio Wajngarten, foi nomeada como titular do Conselho do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado, o Pátria Voluntária, presidido pela primeira-dama Michelle Bolsonaro. A nomeação assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, foi publicada nesta quinta-feira, 9, no Diário Oficial da União.

A participação no conselho não é remunerada, mas evidencia a influência de Wajngarten no governo do presidente Jair Bolsonaro. O secretário apresentou Sophie à primeira-dama. Assim como Michelle, a publicitária também atua no voluntariado há cerca de cinco anos. Ela é uma das cofundadoras do Instituto Liberta, que atua contra a exploração sexual infantil.

À Sophie e a Wajngarten é atribuído o encontro do apresentador Marcos Mion com a primeira-dama Michelle e o presidente em julho do ano passado. Na ocasião, Bolsonaro sancionou a lei que permitiu que o Censo 2020 incluísse dados sobre autistas. O presidente, inicialmente, era contra o levantamento. Mion é pai de um garoto autista.

A primeira-dama e a publicitária se aproximaram em eventos ao lado dos maridos. Na véspera do 7 de Setembro, Sophie compareceu ao jantar no Palácio do Alvorada que reuniu donos de emissoras de televisão do País. Em outubro, as duas também estiveram juntas na celebração dos dez anos da ONG Américas Amigas, que atua no combate ao câncer de mama. Pessoas próximas, no entanto, negam que Michelle e Sophie tenham se tornado amigas íntimas.

A nova conselheira do Pátria Voluntária também atua no mercado publicitário. Ela é sócia da Cucumber, agência de propaganda com ações voltadas para o terceiro setor desde 2013. Ela também tem passagem por agências como a AlmapBBO e Africa.

Wajngarten é sócio da FW Comunicação e Marketing, dona de contratos com ao menos cinco empresas que recebem recursos direcionados pela Secom, entre elas as redes de TV Band e Record. O caso foi revelado em janeiro pelo jornal Folha de S.Paulo.

Ao assumir a Secom, Wajngarten se afastou do comando da empresa, mas manteve a sociedade. A denúncia de suposto conflito de interesses entre os negócios do chefe da Secom e sua atuação no governo foi feita à Comissão de Ética, mas o caso foi arquivado em fevereiro.

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