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Política

Moro diz ter identificado outras trocas de mensagens que podem ser ‘relevantes’

Por Agência Estado

05 de maio de 2020, às 18h39 • Última atualização em 05 de maio de 2020, às 18h48

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro afirmou no depoimento à Polícia Federal (PF), cujo teor foi divulgado nesta terça-feira, 5, que identificou “várias outras mensagens” no próprio telefone celular, que, de acordo com ele, podem ser provas “relevantes” para a investigação das acusações de interferência que fez contra o presidente Jair Bolsonaro.

Moro afirmou que, entre essas mensagens, há uma sobre inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) e outra que mostraria uma determinação de Bolsonaro de que o então delegado-geral da PF Maurício Valeixo seria “substituído essa semana, a pedido ou ex officio”.

De acordo com o depoimento, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública indica como “elementos de prova”, além do próprio testemunho, mensagens que recebeu do presidente em 23 de abril e já divulgadas e o “histórico de pressões” para troca na Superintendência da PF no Rio e da direção-geral da corporação que foram “objeto de declarações públicas do próprio presidente da República”.

Moro citou como provas também as declarações de Bolsonaro no pronunciamento feito no dia de sua demissão no qual o presidente admite, segundo o ex-ministro, trocar dois superintendentes da PF “sem apresentar motivos”, além da substituição de Valeixo por “motivo inconsistente”.

Para Moro, são provas ainda declarações de Bolsonaro na reunião com o conselho de ministros no dia 22, que, de acordo com o ex-titular da Justiça, “devem ter sido gravadas como é a praxe” e na qual o presidente admite a intenção de substituir o comando da PF no Rio, Valeixo e até o próprio ministro.

Moro afirmou também que podem ser solicitados à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) protocolos de encaminhamento dos relatórios de inteligência que demonstrariam que Bolsonaro já tinha acesso a informações de inteligência da PF às quais “legalmente tinha direito”. O ex-ministro também disse que Valeixo e o então superintendente da PF no Rio, Ricardo Saad, além de ministros militares, poderiam confirmar seu depoimento.

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