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Política

Moro diz que segue ‘à disposição’ da 3ª via, mas que candidatura depende do União

Partido de Moro articula com o PSDB, de João Doria, e o MDB, de Simone Tebet, um consenso em torno de um único nome

Por Agência Estado

09 de abril de 2022, às 17h31 • Última atualização em 10 de abril de 2022, às 10h46

O ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) afirmou neste sábado, 9, que seu nome segue à disposição para a candidatura presidencial da chamada “terceira via”. Ele exaltou que as pesquisas de intenção de votos o apontavam em terceiro lugar antes de sua saída do Podemos e afirmou que, portanto, tem uma “participação importante” no cenário do centro. “É extremamente importante que o candidato do centro seja competitivo”, disse, participando de painel da Brazil Conference.

Desde que migrou para o União Brasil, no fim de março, a pré-candidatura de Moro à Presidência está em “modo de espera”. Oficialmente, o ex-juiz não faz mais parte da relação de presidenciáveis, mas ele nega estar completamente fora da disputa. Neste sábado, ele reforçou que, de sua parte, quem tem o poder de decisão é o presidente da legenda, deputado Luciano Bivar. Seu partido articula com o PSDB, de João Doria, e o MDB, de Simone Tebet, um consenso em torno de um único nome para representar o centro na corrida presidencial.

“Acho que, na formação desse centro democrático, eu tenho uma participação importante. Agora, isso vai depender, evidentemente, da discussão dos partidos entre eles e nas discussões internas do partido. No meu caso em especial, quem está discutindo essa questão é o presidente do União Brasil, Luciano Bivar”, disse.

Durante sua participação no evento, Moro voltou a exaltar seu trabalho durante a Operação Lava Jato, que condenou à prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre outros políticos. Em determinado momento, ele foi confrontado pelo advogado Augusto de Arruda Botelho, ligado ao Grupo Prerrogativas e crítico à força-tarefa, sobre suas mensagens vazadas com o ex-procurador Deltan Dallagnol.

O ex-juiz argumentou que as mensagens não são suficientes para inferir que houve inocentes incriminados pela operação e que elas não revelam conluio entre juiz, procuradores e advogados, já que, segundo ele, é comum, na tradição jurídica brasileira, que os detentores desses cargos conversem. “Não existe um caso de inocente que foi condenado na Lava Jato indevidamente com base em prova fraudada ou prova que foi ocultada, ninguém”, afirmou o ex-juiz.

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