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Política

Mandetta compara participação de Bolsonaro em ato com pessoas na praia no Rio

Por Agência Estado

16 de março de 2020, às 20h21 • Última atualização em 16 de março de 2020, às 22h17

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, comparou a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, nas manifestações de domingo, 15, à parte da população que descumpriu orientações da pasta e lotou praias do Rio de Janeiro no mesmo dia. Ele foi indagado sobre a atitude de Bolsonaro após dizer que a proliferação do Covid-19 no Brasil vai depender do comportamento de cada um.

Mandetta também comparou a postura de Bolsonaro, que deu a mão e pegou celular de dezenas de manifestantes ontem, com o trabalho de jornalistas que o entrevistavam com proximidade maior do que a recomendada – no mínimo dois metros.

“Eu acho que o presidente, vocês estão todos focados e apontando ali. Eu acho que o presidente teve a sua passagem ali (no ato) que vocês podem questionar. Agora, ontem a praia estava superlotada no Rio de Janeiro, os bares no Leblon, amigos meus mandaram fotos brindando”, disse Mandetta.

Em seguida, questionado sobre o fato de que Bolsonaro é o mandatário do País, Mandetta respondeu que houve o primeiro caso registrado de novo coronavírus na comunidade da Maré, no Rio, no último sábado, e que parte da população insiste em fazer cultos religiosos apesar da orientação para evitar aglomerações.

“Nós precisamos, coletivamente, ao invés de apontar o dedo, está na hora de todo mundo entender que vai ser do comportamento coletivo que a gente vai ter mais intensidade ou menos intensidade dos casos. Neste momento, precisamos que as pessoas façam a sua parte”, declarou.

Indagado se Bolsonaro fez sua parte, ele respondeu que a primeira coisa que o presidente fez foi deixar o Ministério da Saúde atuar com uma equipe técnica. “Vocês, da imprensa, quando se aglutinam um do lado do outro, estão muito longe de dizer que esse é o comportamento que esperamos”, declarou. “Eu tenho minhas falhas também, cometo meus erros, não é por isso que vamos ficar apontando os dedos.”

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que falou logo após se reunir com Mandetta, não quis comentar os atos de domingo. Ele falou que o tema não foi tratado no encontro com as principais autoridades do Legislativo e do Judiciário e que, por isso, não comentaria o assunto.

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