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Inquérito das fake news

Investigados no inquérito das fake news negam crime e atacam STF

Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, e outros empresários, políticos e youtubers foram alvos de operação

Por Agência Estado

28 de maio de 2020, às 07h25 • Última atualização em 28 de maio de 2020, às 09h25

Empresários, políticos, youtubers e apoiadores de Jair Bolsonaro que foram alvo nesta quarta-feira de operação contra divulgação de fake news negaram irregularidades, criticaram a operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes e atacaram o Supremo Tribunal Federal (STF).

Alguns deles levantaram a tese de que a investigação não poderia ter começado na Corte, sem participação do Ministério Público Federal (MPF). Segundo criminalistas ouvidos pelo Estadão, embora seja incomum, essa medida não é ilegal.

O empresário Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, afirmou não ter nada a esconder, “haja vista que o que eu falo está nas minhas redes sociais, é de conhecimento público”.

Segundo ele, seu computador pessoal e o celular “foram disponibilizados para perícia.” Dono da rede de academias Smart Fit, Edgard Corona, afirma estar “à disposição da Justiça para os devidos esclarecimentos em investigação do STF”. Já o investidor Otávio Oscar Fakhoury, financiador do site Crítica Nacional e um dos fundadores do grupo Aliança pelo Brasil, não foi localizado para comentar.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) criticou o inquérito do STF, afirmou que o País vive um “estado de exceção” e pediu o impeachment de Moraes. Também deputada, Bia Kicis (PSL-DF) criticou “abusos de autoridade e atos antidemocráticos do ministro Alexandre de Moraes”. Filipe Barros (PSL-PR) criticou o que chamou de “ditadura do STF”.

Deputado estadual de São Paulo, Douglas Garcia criticou a ordem de busca e apreensão em seu gabinete e acusou o STF de perseguição. “Vocês querem calar a voz dos conservadores através das redes sociais”, declarou. O deputado Gil Diniz (PSL-SP) disse que soube por meio da imprensa que será intimado a depor e chamou de “cala boca” a condução do caso.

Outro que se referiu ao Supremo com a palavra “ditadura” foi o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). Seu colega Junio Amaral, fez piada nas redes sociais: “Repudio com veemência essa clara ilegalidade, mas também fico lisonjeado. Com a ‘credibilidade’ que eles gozam, só vão me promover, mais nada.”

Presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson chamou de “censura” o mandado de busca e apreensão em sua casa. “Atitude soez, covarde, canalha e intimidatória, determinada pelo mais desqualificado Ministro da Corte. Não calarei”, escreveu o político, que já se defendeu o ex-presidente Fernando Collor de Mello antes de se tornar bolsonarista.

A ativista Sara Winter xingou e fez uma série de ameaças contra Moraes. Em vídeo publicado nas redes sociais, Winter falou que, se estivesse na mesma cidade que Moraes, chamaria o ministro para “trocar socos”. Ela também prometeu perseguir e “infernizar” a vida do magistrado, responsável por determinar a ação da PF. O vídeo foi encaminhado ontem para a Procuradoria-Geral da República.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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