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Política

Guarulhos e outras 4 cidades da Grande SP reelegeram seus prefeitos

Por Agência Estado

30 de novembro de 2020, às 07h04 • Última atualização em 30 de novembro de 2020, às 08h39

Neste domingo, 29, cinco cidades da Grande São Paulo decidiram os nomes que ficarão à frente das prefeituras pelos próximos quatro anos. Em Guarulhos, segundo maior município do Estado, Gustavo Henric Costa, o Guti (PSD), confirmou o favoritismo nas pesquisas e garantiu a reeleição, com 57,83% dos votos conta 42,17% do ex-prefeito petista Eloi Pietá. O PT conseguiu duas prefeituras, Diadema e Mauá, enquanto o Podemos levou outras duas: Mogi das Cruzes e Taboão da Serra.

Em Guarulhos, o segundo turno foi marcado por polêmicas, com ações de cassação na Justiça Eleitoral e até acusações de agressão. A campanha de Pietá alega que o atual prefeito usou a Guarda Civil Municipal para intimidar cabos eleitorais e registrou casos em que militantes foram feridos, o que o PSD nega. Houve também registro de um pedido de cassação da candidatura do prefeito por suposta entrega de cestas básicas com o carro da Prefeitura. A equipe de Guti nega as irregularidades e diz se tratar de “fake news”. O pedido ainda não foi julgado.

Após sofrer duas derrotas simbólicas no primeiro turno com Jilmar Tatto (PT), em São Paulo, e Luiz Marinho (PT), em São Bernardo, o PT conseguiu recuperar duas prefeituras no ABC Paulista. Em Mauá, foi de reviravolta e com resultado apertado: Marcelo Oliveira se elegeu com 50,74% dos votos, contra 49,26% de Átila (PSB).

O candidato eleito era o único vereador petista na Câmara Municipal e havia ficado atrás do atual prefeito no primeiro turno. O pessebista sofreu desgastes ao longo da campanha por seus problemas com a Justiça. Ele chegou a ser afastado da prefeitura, cassado pela Câmara Municipal e detido no âmbito da Operação Prato Feito, da Polícia Federal, que apurou desvio de verbas públicas em contratos firmados com o município para fornecimento de merenda escolar. Ele conseguiu voltar para a prefeitura por meio de liminar e, em junho, foi alvo de operação que investiga supostas fraudes em contrato de R$ 3,3 milhões para administrar do hospital de campanha.

Já em Diadema, outra cidade do ABC Paulista a ter segundo turno, o PT também conseguiu recuperar a prefeitura com a vitória de Filippi, por 51,35% dos votos, contra 48,65% de Taka Yamauchi (PSD).

O petista já foi prefeito da cidade por três mandatos e quase conseguiu levar a disputa no primeiro turno, quando teve 45,65%, mais de 60 mil votos à frente do candidato do PSD. Durante toda a sua campanha, Filippi apostou no seu histórico à frente do município e teceu críticas à atual gestão de Lauro Michels (PV), que ficou no cargo por dois mandatos.

Após 20 anos sem um segundo turno, Mogi das Cruzes viu uma derrota histórica do grupo político que governa a cidade há duas décadas. Caio Cunha (Podemos) teve 58,39% dos votos válidos, enquanto o atual prefeito Marcus Melo (PSDB) teve 41,61%. Cunha é vereador na cidade e recebeu apoio até de setores à esquerda no segundo turno. Desde 2000, o PSDB está na composição da prefeitura, como vice ou cabeça de chapa, mas o último governo sofreu desgastes com o aumento do IPTU e prisão de vereadores da base aliada da gestão, suspeitos de corrupção.

Assim como Guarulhos, Mogi teve as últimas semanas da disputa marcadas por episódios polêmicos envolvendo os candidatos. Melo foi filmado participando de uma festa com aglomeração, onde aparece sem usar máscara e em outro momento dividindo um narguilé com jovens. E Cunha foi filmado em um bar, também sem máscara.

TSE

Em Taboão da Serra, o segundo turno foi decidido por uma diferença de 1.695 votos entre os dois candidatos. O deputado estadual Aprigio (Podemos) levou a melhor e foi eleito com 50,63% dos votos. Seu adversário, o ex-secretário de Manutenção e Serviços do atual governo, Engenheiro Daniel (PSDB), ficou com 49,37%.

Essa foi a primeira eleição da cidade a ir para o segundo turno. A situação inédita se deu graças a uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que suspendeu temporariamente o cancelamento dos títulos de mais de 50 mil eleitores que não fizeram o cadastramento biométrico obrigatório. Sem isso, Taboão não teria superado a marca dos 200 mil eleitores, exigida para a realização de um segundo turno.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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