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Política

‘Governo Bolsonaro jamais terá vontade de me proteger’, diz Olavo

Filósofo também reclamou que não tem mais condição de se defender do que chama de "assédio judicial e midiático" que ele vê montado contra si

Por Agência Estado

30 de dezembro de 2019, às 13h10 • Última atualização em 31 de dezembro de 2019, às 08h28

Foto: jeso.carneiro on Visualhunt - CC BY-NC
Para Olavo, apesar de o governo Bolsonaro estar fazendo “muita coisa boa”, lhe falta “por completo”, destaca, “a noção primeira e mais fundamental do poder político: desarmar os inimigos

O escritor, influenciador e “guru” bolsonarista Olavo de Carvalho disse nesta segunda-feira, 30, que o governo de Jair Bolsonaro e seus apoiadores não fazem ideia de como “desarmar inimigos” e reclamou de ataques que alega estar sofrendo.

Ele atacou o “pragmatismo” na direita brasileira, e fez uma comparação com a ditadura militar: “Foi esse mesmo erro que levou o regime militar (com esse nome ou qualquer outro) à derrota e à humilhação. No meio de tantas medidas econômicas úteis e tantas obras públicas notáveis, não teve o tempo nem a coragem de fazer um filmezinho anticomunista sequer. Foi um governo pragmático”

Olavo também reclamou que não tem mais condição de se defender do que chama de “assédio judicial e midiático” que ele vê montado contra si. “O governo Bolsonaro e as forças que o apoiam jamais terão a vontade ou a coragem de me proteger”, escreveu.

Para Olavo, apesar de o governo Bolsonaro estar fazendo “muita coisa boa”, lhe falta “por completo”, destaca, “a noção primeira e mais fundamental do poder político: desarmar os inimigos. Disto ele (governo) não tem a menor ideia”.

“No mundo, as duas pontas do cabo-de-guerra ideológico são o esquerdismo e o direitismo, cada um puxando para um lado, No Brasil, são o esquerdismo e o pragmatismo. O primeiro puxa para a esquerda e o segundo se orgulha de jamais puxar para a direita”, escreveu.

Ele criticou a falta de críticas e ataques à esquerda no País: “Durante quatro décadas de hegemonia, a esquerda baniu o anticomunismo da vida pública. Agora é a direita que, a pretexto de “pragmatismo”, prolonga e reforça esse banimento, obedecendo servilmente a uma ordem que ela já nem lembra mais de onde veio.”

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