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Polêmica

FHC e Lula se pronunciam a favor de Dilma após Bolsonaro ironizar tortura

A própria Dilma também rebateu as provocações, chamando Bolsonaro de "sociopata", "fascista" e "cúmplice da tortura e da morte"

Por Agência Estado

29 de dezembro de 2020, às 14h47 • Última atualização em 29 de dezembro de 2020, às 17h03

Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva manifestaram apoio a Dilma Rousseff nesta segunda-feira, 28, após Jair Bolsonaro ironizar a tortura sofrida pela petista em 1970, quando foi presa durante a Ditadura Militar. A apoiadores, o atual chefe do Executivo chegou a cobrar que lhe “mostrassem um raio-X” da adversária política para provar uma fratura na mandíbula.

“O Brasil perde um pouco de sua humanidade a cada vez que Jair Bolsonaro abre a boca. Minha solidariedade à presidenta Dilma, mulher detentora de uma coragem que Bolsonaro, um homem sem valor, jamais conhecerá”, escreveu Lula em sua conta no Twitter.

“Minha solidariedade a ex-Presidente Dilma Rousseff. Brincar com a tortura dela – ou de qualquer pessoa – é inaceitável. Concorde-se ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites”, publicou FHC.

Por meio de uma nota enviada a imprensa, Dilma rebateu a provocação de Bolsonaro, classificando o presidente como “sociopata”, “fascista” e “cúmplice da tortura e da morte”

“Como não respeita nenhum limite imposto pela educação e pela civilidade, uma exigência a qualquer político, e mais ainda a um presidente da República, desmoraliza mais uma vez o cargo que ocupa. Mostra-se indigno ao tratar com desrespeito e com deboche o fato de eu ter sido presa ilegalmente e torturada pela ditadura militar. Queria provocar risos e reagiu com sórdidas gargalhadas às suas mentiras e agressões”, disse a ex-presidente.

Saudação a Brilhante Ustra

Esta não é a primeira vez que Jair Bolsonaro provoca Dilma Rousseff com relação ao período no qual esteve presa durante o regime militar. Durante a votação de impeachment da ex-presidente, em 2016, o atual mandatário exaltou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação Centro de Operações de Defesa Interna) e primeiro militar condenado por sequestro e tortura durante a ditadura, o chamando de “o pavor de Dilma.”

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