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Política

Covas vai mais à zona sul; Boulos, ao centro

Por Agência Estado

28 de novembro de 2020, às 12h50 • Última atualização em 28 de novembro de 2020, às 16h25

O corpo a corpo não sumiu das campanhas eleitorais deste ano, apesar da pandemia do novo coronavírus, e esteve presente em panfletagens, caminhadas e carreatas que os dois candidatos à Prefeitura, Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, e Guilherme Boulos (PSOL), organizaram durante a corrida eleitoral. Uma análise das agendas divulgadas diariamente pelas campanhas mostra que o tucano deu preferência à região sul da cidade, e o candidato do PSOL apostou mais no centro.

O levantamento levou em conta os compromissos dos candidatos a partir de 27 de setembro, quando o calendário oficial de campanha foi iniciado. Os números consideram apenas eventos presenciais, como encontros com eleitores, panfletagem, carreatas e reuniões. Não foram computados entrevistas, debates e lives.

Covas esteve em 27 eventos na zona sul, número que representa 26,2% da agenda do candidato até terça-feira. Lá, ele visitou hospitais municipais, como o Santo Amaro, obras do conjunto habitacional Chácara do Conde, no Morumbi, e fez um giro pelo comércio de Parelheiros com a ex-prefeita Marta Suplicy.

Em 2016, Marta, então candidata à Prefeitura pelo MDB, venceu nas zonas eleitorais de Parelheiros e Grajaú, as únicas em que João Doria (PSDB), eleito naquele ano e de quem Covas foi vice, perdeu. No primeiro turno, Covas venceu nas duas zonas. O candidato a vice de Covas, Ricardo Nunes (MDB), tem base eleitoral na região e foi presidente da Associação Empresarial da Região Sul (Aesul). Em entrevista publicada ontem pelo Estadão, Nunes disse que foi esse um dos motivos para sua escolha na chapa.

A zona leste recebeu 24 compromissos na agenda do prefeito (23,3%), e o centro, 20 (19,4%). Consta ainda uma agenda fora de São Paulo: Covas esteve em Aparecida, no Vale do Paraíba, para uma celebração do dia da santa.

Já Boulos concentrou a sua campanha no centro (37 compromissos ou 35,9% da agenda), onde teve melhor desempenho no primeiro turno. Apesar de não ter vencido em nenhuma das zonas eleitorais, ele obteve uma de suas melhores votações na Bela Vista (29,6%) e em Pinheiros (31,9%), na zona oeste. Entre as agendas, participou de panfletaço no Museu de Arte de São Paulo (Masp). No centro histórico, organizou edições do “Se vira nos 50”, em que pedestres podiam fazer perguntas ao candidato, que precisa respondê-las em até 50 segundos.

Na zona sul, onde Boulos mora, o candidato organizou 28 eventos (27,2%). Na região oeste, onde foram 8 (7,8%). Uma das apostas de Boulos para os últimos dias da campanha era aumentar sua taxa de conhecimento na periferia da cidade.

Público

Na agenda de Covas, destacam-se visitas a shoppings centers: foram seis deles. O setor foi um dos primeiros a ser liberados no regime de flexibilização de restrições da pandemia, antes de parques municipais. Boulos não esteve em nenhum shopping. O candidato do PSOL incluiu uma visita à aldeia Jaraguá Guarani, no extremo da zona norte, e um encontro com o setor cultural no Teatro Oficina, no Bixiga, região central.

Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Boulos também esteve em mais favelas e ocupações – foram pelo menos oito delas, como Heliópolis, Vietnã e a ocupação Jardim Julieta.

O prefeito, por sua vez, visitou bairros nos extremos, dando destaque às ruas de comércio e áreas próximas a hospitais e obras da Prefeitura. Também é possível destacar da agenda de Covas as pausas para um café. Foram incluídas 24 delas, com duração de cerca de 15 minutos, entre compromissos. Este número, porém, não entrou na contagem do Estadão.

Os recordes de quilômetros rodados pelos candidatos num único dia são semelhantes. Em 15 de outubro, Covas rodou pelo menos 53 quilômetros entre os cinco eventos que marcou para aquele dia. Já Boulos chegou a percorrer pelo menos 52 quilômetros entre os seus compromissos em 9 de outubro, ainda no primeiro turno. O candidato aproveitou a deixa para transmitir seu dia ao vivo para os eleitores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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