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Entrevista

Bolsonaro diz que não há clima para conversar com Macron

Declaração foi dada pós o presidente brasileiro ter criticado Macron em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York

Por Agência Estado

24 de setembro de 2019, às 20h51 • Última atualização em 24 de setembro de 2019, às 22h06

O presidente Jair Bolsonaro disse ao SBT, em entrevista gravada exibida na noite desta terça-feira, 24, que não há clima para conversar com o presidente da França, Emmanuel Mácron.

A declaração foi dada pós o presidente brasileiro ter criticado Macron hoje pela manhã em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, e um mês depois de os dois terem trocado farpas em razão das queimadas na Amazônia.

Foto: Alan Santos / PR
Jair Bolsonaro fez discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira

“Eu estive com ele (Macron) em Osaka (no Japão, para encontro do G-20), numa agenda reservada, e ele quis impor sua agenda, mas não obteve sucesso. Quando apareceram as queimadas na Amazônia, que estão abaixo da média dos últimos 15 anos, ele foi para a agressão, me chamou de mentiroso, dizendo que a soberania brasileira tinha de ser discutida no tocante à Amazônia. Não tem clima para conversar com ele”, disse Bolsonaro.

O presidente negou mais uma vez que seu discurso tenha sido agressivo. Ele foi, na sua avaliação, “verdadeiro”. “Na ONU, as pessoas vêm para enxugar gelo e passar pano e nós não fizemos isso de forma bastante educada e objetiva”, afirmou Bolsonaro. “O Brasil tinha uma posição muito servil de não falar de igual para igual com os chefes de Estado”, declarou. O presidente disse que não viu ninguém se retirando durante o seu discurso.

Em outra entrevista exibida nesta noite, esta à Band, Bolsonaro falou sobre o encontro que terá hoje à noite com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Antes não havia uma relação de confiança entre Brasil e Estados Unidos, mas agora temos, com a chegada do nosso governo”, afirmou. O presidente voltou a opinar que o Brasil corria o risco de virar socialista. “Se uma Venezuela incomoda muita gente, imagina um país do tamanho do Brasil”, disse.

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