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Política

Bolsonaro: Diretor-geral da PF é subordinado a mim, não ao ministro (Moro)

"Se eu trocar (o diretor-geral da PF) hoje, qual o problema? Está na lei que eu que indico e não o Sérgio Moro. E ponto final", declarou

Por Agência Estado

22 de agosto de 2019, às 10h43 • Última atualização em 22 de agosto de 2019, às 12h43

Foto: Marcos Corrêa - PR
Questionado se há, de fato, intenção de trocar o chefe da PF, Bolsonaro respondeu que, se o fizer, será “na hora certa”

O presidente Jair Bolsonaro voltou a reforçar, nesta quinta-feira, 22, que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, é subordinado a ele, e não ao ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. Bolsonaro não descartou a possibilidade de eventualmente trocar o chefe da PF.

“Se eu trocar (o diretor-geral da PF) hoje, qual o problema? Está na lei que eu que indico e não o Sérgio Moro. E ponto final”, declarou Bolsonaro em conversa com jornalistas, pela manhã. “Ele (Valeixo) é subordinado a mim, não ao ministro. Deixo bem claro isso aí. Eu é que indico. Está bem claro na lei”, declarou.

Questionado se há, de fato, intenção de trocar o chefe da PF, Bolsonaro respondeu que, se o fizer, será “na hora certa”. “Hoje eu não sei. Tudo pode acontecer na política”, respondeu ao ser questionado se existe a possibilidade de troca nesta quinta-feira.

Ontem, o presidente afirmou ser um mandatário que pode “interferir mesmo” em alguns órgãos federais se for preciso. Nesta quinta, reforçou o posicionamento dizendo que supostas ingerências são, na sua visão, uma forma de “mudança”.

“Quero que se combata a corrupção, que façam as coisas da melhor maneira possível. Eu não estou acusando ninguém de fazer nada errado. Mas a indicação é minha. Por isso elegeram o presidente da República. Se não pudesse ter ingerência, interferência – para mim é mudança -, seria mantido o anterior, o cara que foi nomeado antes iria ficar até morrer”, disse.

Ele reclamou de uma “onda terrível” que teria ocorrido após trocas nas superintendências da PF – que se intensificou com o anúncio do presidente sobre a saída do superintendente do Rio em coletiva de imprensa.

“Agora há uma onda terrível sobre superintendência. Onze (superintendentes) foram trocados e ninguém falou nada. Sugiro o cara de um Estado para ir para lá e dizem ‘está interferindo’. Espera aí. Se eu não posso trocar o superintendente, eu vou trocar o diretor-geral. Não se discute isso aí”, afirmou.

“Se é para a não interferência, o diretor anterior, que é o que estava lá com o (ex-presidente Michel) Temer, tinha que ser mantido. Ou a PF agora é algo independente? A PF orgulha a todos nós, e a renovação é salutar, é saudável. O Valeixo pode querer sair hoje. Não depende da vontade dele”, reforçou Bolsonaro.

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