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Política

Bolsonaro: ao não assinarmos cláusula da Pfizer, conseguimos um melhor contrato

Por Agência Estado

20 de julho de 2021, às 11h54 • Última atualização em 20 de julho de 2021, às 17h13

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a se defender das acusações de omissão e má gestão na compra de vacinas. Contra as acusações de que ele teria deixado de responder diversos e-mails da farmacêutica Pfizer oferecendo vacinas no ano passado, Bolsonaro declarou que quem deveria ter respondido aos contatos era a Saúde, e que ao não assinar o contrato com “cláusulas abusivas”, o governo conseguiu um acordo melhor com a empresa este ano.

Nesta manhã, em entrevista à Rádio Itatiaia, Bolsonaro voltou afirmar que no ano passado não haviam vacinas disponíveis para se comprar, e que sua escolha de não assinar contrato com a Pfizer foi devido a cláusula em que a farmacêutica não se responsabilizava por efeitos colaterais do imunizante. O presidente também afirmou que haviam duas condicionantes para que o governo aprovasse a compra de imunizantes: a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o pagamento apenas após o recebimento das vacinas, “coisa que a Pfizer não seria capaz de fazer ano passado”, afirmou.

Hoje, Bolsonaro celebrou a chegada do imunizante da Pfizer contra a Covid-19, junto com a vacina da AstraZeneca para complementar o Plano Nacional de Imunização (PNI). O presidente, contudo, não deixou de fazer ataques a seu adversário político, o governador João Doria, e ao imunizante chancelado pelo governo paulista. Bolsonaro voltou a afirmar que a CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, não tem comprovação científica.

O presidente usou como argumento a reinfecção do governador paulista, que já tinha se vacinado com duas doses Coronavac, para atacar o imunizante. “As pessoas estão se infectando mesmo com duas doses”, disse. Contudo, como já havia dito pelo tucano, a vacina não impede a infecção, mas diminui os riscos da doença de agravar.

Em ataque a Doria, Bolsonaro afirmou que ele “não seguiu os protocolos que tanto pregou”, e ironizou o fato de que se o governador quiser fazer uma viagem aos Estados Unidos, ele teria que tomar uma vacina diferente. Apesar do imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan ter sido aprovado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), ainda não há aval do FDA (Food and Drugs Administration), órgão norte-americano de regulamentação, e da União Europeia.

Ainda no tema, Bolsonaro voltou a atacar os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que afirmou que criam “narrativas” para jogar contra ele, “como se eu fosse um negacionista”, e disse que o relatório final que será produzido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) pode ser jogado no lixo. “Uma palhaçada o que estão fazendo”, concluiu.

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