28 de março de 2024 Atualizado 07:43

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Política

Após impor derrotas ao governo, STF é criticado por bolsonaristas no Twitter

Críticas focam principalmente na decisão do ministro Alexandre de Morais, que suspendeu investigações feitas pela Receita Federal

Por Agência Estado

02 de agosto de 2019, às 13h29 • Última atualização em 02 de agosto de 2019, às 15h27

Às 12h30 desta sexta-feira, 2, completaram-se 12 horas de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) no Twitter, a maior parte acompanhada da #STFVergonhaNacional. A campanha, levada adiante por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro e por deputados de seu partido, o PSL, é uma resposta às derrotas que a Corte impôs nesta quinta-feira ao governo, na volta do recesso.

“O STF mal voltou do recesso, e já tem #STFVergonhaNacional nos trending topics. Que orgulho da nossa Suprema Corte, não é mesmo?”, tuitou a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), a mais dedicada de sua bancada em criticar a Corte.

As críticas dos governistas focam principalmente na decisão do ministro Alexandre de Morais, que suspendeu investigações feitas pela Receita Federal que envolviam um grupo de pessoas nas quais estavam o ministros do STF e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), além das esposas de Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Também é alvo de críticas a decisão do Supremo que impediu que a Polícia Federal pudesse destruir mensagens recolhidas com os hackers que atacaram telefones de autoridades, como pretendia o ministro da Justiça, Sergio Moro.

Deputada estadual mais votada do País, Janaina Paschoal (PSL-SP) divulgou um abaixo assinado que pede o impeachment do presidente do STF, Dias Toffoli, que estaria, na visão da parlamentar, usando de seu poder para inviabilizar investigações contra si próprio, o que configuraria crime de responsabilidade. “O Supremo Tribunal Federal é importantíssimo, por isso precisamos cuidar para que seus membros não exorbitem no exercício do poder”, escreveu Janaina.

Na quinta-feira, dia 1º, o STF também determinou que demarcações de terras indígenas são atribuição da Fundação Nacional do Índio (Funai), e não do Ministério da Agricultura, como queria Bolsonaro. Além disso, o ministro Luís Roberto Barroso deu ao presidente da República um prazo de 15 dias para que ele conte o que sabe sobre o sequestro e o assassinato de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Organização dos Advogados do Brasil (OAB).

Publicidade