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Política

Alckmin chama Lula de presidente e diz que petista representa própria democracia

Ao ingressar na nova legenda, o ex-tucano abriu caminho para concorrer como vice na chapa de Lula ao Planalto

Por Agência Estado

23 de março de 2022, às 13h11 • Última atualização em 23 de março de 2022, às 14h33

No ato de sua filiação ao PSB, o ex-governador Geraldo Alckmin saudou o partido por apoiar a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência, disse que o petista representa a democracia e afirmou que, se eleito, Lula irá reinserir o País no cenário mundial. Ao ingressar na nova legenda, o ex-tucano abriu caminho para concorrer como vice na chapa de Lula ao Planalto e o chamou de “presidente”.

“Eu quero cumprimentar, Carlos Siqueira, o PSB pela decisão de apoiar o presidente Lula para presidente da República. É ele. Nós temos que ter os olhos abertos para enxergar, a humildade para entender que ele é hoje aquele que melhor reflete e interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro”, afirmou Alckmin, em discurso após assinar a ficha de filiação. “Aliás, ele representa a própria democracia, porque ele é fruto da democracia. Ele não chegaria lá (na Presidência) do berço humilde que sempre foi se não fosse o processo democrático”, acrescentou.

O ex-governador fez críticas veladas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ao citar ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema eleitoral – o chefe do Executivo levanta dúvidas sobre a lisura das urnas eletrônicas, sem apresentar provas. Alckmin disse ainda que política exige “coragem” e que, apesar de ter disputado eleições contra Lula, os dois nunca colocaram a democracia em risco. “Não tenho dúvida de que o presidente Lula, se Deus quiser, eleito, vai reinserir o Brasil no cenário mundial”, declarou.

Responsabilidade fiscal
Alckmin também disse que o governo do ex-presidente Lula foi um exemplo de responsabilidade fiscal. “Eu não posso falar em nome do presidente Lula, mas posso dizer que a história dele é a história do debate, da busca de entendimento, de buscar conciliação. Isso é história, não tenho dúvidas de que ele, sempre nas grandes decisões, vai ouvir, dialogar”, disse Alckmin, ao ser questionado sobre críticas do petista à reforma trabalhista de 2017. “Sobre a questão fiscal, a dívida PIB quando o presidente Lula entrou e quando ele saiu você vai ver que era muito menor. Na verdade, isso é um exemplo de responsabilidade fiscal”, acrescentou.

Atuação
Ao ser questionado sobre o papel que espera exercer num eventual novo governo Lula, caso seja eleito vice-presidente, Alckmin respondeu que a disposição é de “ajudar”. “Eu acho que reunir experiência executiva e legislativa. Eu fui vereador, deputado estadual e deputado federal constituinte, prefeito, vice e governador”, disse. O ex-governador também declarou que Lula tem “o pé no chão” e tem defendido uma aliança para vencer a eleição e governar.

Siqueira fala em agregar forças para derrotar Bolsonaro

No ato de filiação do ex-governador Geraldo Alckmin ao PSB, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, disse que é preciso agregar forças para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição de outubro. Ao ingressar na nova legenda, o ex-tucano abriu caminho para concorrer como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.

“Temos que reconhecer que essa figura nefasta que governa o nosso país é resultado da falência do sistema político”, afirmou Siqueira nesta quarta-feira, ao defender que a disputa eleitoral não será entre esquerda e direita. “Se trata de uma disputa entre a democracia e o arbítrio, entre a civilização e a barbárie”, acrescentou.

A esquerda sozinha não consegue ganhar a eleição, na visão de Siqueira. “Esta anomalia precisa ser encerrada, e esta anomalia só será encerrada se nós tivermos a grandeza e a capacidade de alargar os nossos horizontes”, declarou o dirigente partidário, numa crítica a Bolsonaro. Durante o ato de filiação, Siqueira disse que Alckmin é uma figura “excepcional” da vida política do País.

PT e PSB ‘farão história novamente’
Durante o ato de filiação de Alckmin, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que os dois partidos “farão história juntos novamente”. Ao ingressar no PSB, o ex-governador abriu caminho para concorrer como vice na chapa do ex-presidente Lula.

“Este ato de filiação tem um imenso significado para o futuro do Brasil. Nunca foi tão necessário somar forças e mobilizar energias em defesa do nosso país”, afirmou Gleisi, que representou o PT na cerimônia. “Juntos fizemos história no nosso país e juntos vamos fazer história novamente”, acrescentou a parlamentar, ao destacar a “trajetória comum” de petistas e socialistas no Brasil.

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