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Política

Alckmin assina filiação ao PSB e abre caminho para ser vice na chapa de Lula

Por Agência Estado

23 de março de 2022, às 12h11 • Última atualização em 23 de março de 2022, às 14h30

A menos de sete meses do primeiro turno das eleições, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin assinou nesta quarta-feira, 23, sua filiação ao PSB e abriu caminho para concorrer como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. Figura simbólica do PSDB, o ex-tucano tem histórico de divergências com o petista, mas, ao anunciar a decisão de ingressar no novo partido, afirmou que o momento exige “grandeza política, espírito público e união”, numa referência ao objetivo de derrotar o presidente Jair Bolsonaro nas urnas (PL).

A articulação da chapa Lula-Alckmin foi capitaneada pelo ex-governador Márcio França (PSB) e o ex-ministro Fernando Haddad (PT). Para se colocar no cenário político nacional, o ex-tucano abriu mão de disputar o Governo de São Paulo, Estado que já governou por três mandatos, mesmo na liderança das pesquisas de intenção de voto. O convite para concorrer novamente ao Palácio dos Bandeirantes havia sido feito pelo ex-ministro Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.

Alckmin anunciou sua saída do PSDB em dezembro. Ele estava insatisfeito no partido desde as eleições de 2018 e se sentia traído pelo atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que se elegeu colando sua imagem na de Bolsonaro, apesar de Alckmin ter sido o candidato tucano ao Palácio do Planalto quatro anos atrás. Para a eleição deste ano, Doria foi escolhido pré-candidato do PSDB a presidente.

O ato de filiação de Alckmin ocorreu em Brasília, na sede da Fundação João Mangabeira. Estiveram presentes o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), França e outras lideranças nacionais do partido.

PT e PSDB polarizaram quase todas as eleições presidenciais desde a redemocratização do País. Os tucanos governaram o Brasil por oito anos, de 1995 a 2002, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), e os petistas estiveram no poder de 2003 até 2016, no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Em 2006, quando Lula conquistou a reeleição, seu adversário nas urnas foi Alckmin. Na eleição de 2018, contudo, o segundo turno foi entre Haddad e Bolsonaro, que saiu vitorioso – Alckmin, que foi o candidato tucano, obteve 4,7% dos votos.

Em 19 de dezembro, Lula e Alckmin estiveram em um jantar organizado pelo grupo de advogados Prerrogativas em São Paulo e posaram para uma foto juntos. Foi o primeiro sinal público da aliança. O “Jantar pela Democracia” reuniu, na ocasião, mais de 500 pessoas. Em 19 de janeiro, o petista disse que não teria “nenhum problema” em construir uma chapa com Alckmin, apesar do histórico de antagonismo entre os dois. “Governar significa que você tem que adquirir possibilidade muito grande de conversar com as pessoas”, afirmou Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

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