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Covid-19

Estados Unidos afirmam que variante brasileira do vírus preocupa

Afirmação é do diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci

Por Agência Estado

13 de fevereiro de 2021, às 07h21 • Última atualização em 13 de fevereiro de 2021, às 10h59

A variante de coronavírus identificada inicialmente no Brasil preocupa o governo dos EUA, que não planeja derrubar a restrição de entrada de passageiros brasileiros tão cedo. A informação é do diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas e um dos principais nomes do governo de Joe Biden na estratégia de combate à pandemia, Anthony Fauci.

“O Brasil tem uma mutação que é uma preocupação para nós. É uma mutação que é muito similar à variante da África do Sul, que tem escapado da proteção de muitos anticorpos monoclonais e diminui a eficácia de anticorpos induzidos por duas vacinas que estão disponíveis”, disse Fauci, ao ser questionado pelo Estadão durante coletiva.

Biden promete aplicar 100 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Moderna até o fim de abril, nos 100 primeiros dias de governo. A Casa Branca, porém, está preocupada com a redução de eficácia da imunização diante das novas cepas.

Nesta semana, pesquisa publicada na revista Nature Medicine mostrou que a vacina da Pfizer é capaz de neutralizar as variantes do coronavírus que apareceram no Reino Unido e na África do Sul. Pesquisa com a vacina da Moderna também indica que o imunizante é eficaz diante de variantes. Há no governo americano, no entanto, cautela com relação às novas mutações, por isso o fluxo de viagens entre Brasil e EUA não deve voltar ao normal tão cedo. “Há uma preocupação com relação às viagens. Não acredito que haverá nenhuma mudança no futuro imediato das restrições de viagem impostas ao Brasil”, afirmou Fauci.

Desde maio de 2020, o governo americano proíbe a entrada de passageiros que estiveram no Brasil nos 14 dias que antecedem a chegada aos EUA. A restrição foi estabelecida por Donald Trump, diante do aumento no número de casos de covid-19 no País. Antes, Trump já havia estabelecido restrições semelhantes a passageiros de China, Irã, Reino Unido, Irlanda e outros 26 países europeus.

Nas últimas semanas, o CDC atualizou o período de quarentena para quem se expôs ao vírus dentro dos EUA. Agora, o isolamento recomendado é de dez dias – ou sete dias de isolamento após um teste negativo de covid.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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