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Mundo

Trump promove comemoração de 4 de julho em Washington apesar de covid-19

Por Agência Estado

04 de julho de 2020, às 14h51 • Última atualização em 04 de julho de 2020, às 15h32

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai promover neste sábado uma comemoração do dia da independência em Washington, com fogos de artifício no parque National Mall. Enquanto isso, a prefeita da cidade pede às pessoas que fiquem em casa por causa de preocupações com o novo coronavírus, e manifestantes têm sua própria programação.

Chamado de “Saudação à América”, o evento de 4 de julho incluirá sobrevoos de aviões militares, uma enorme queima de fogos de artifício e pronunciamento de Trump na Casa Branca. Como os casos de covid-19 nos EUA atingiram novo recorde diário antes do feriado, os organizadores estão fornecendo 300 mil máscaras e incentivando fortemente o distanciamento social, mas nenhuma ação será tomada contra aqueles que não seguirem as orientações.

Um comunicado do Departamento do Interior promete mais de 10 mil fogos de artifício lançados a partir de uma área de quase dois quilômetros de extensão. O evento não incluirá a enorme exibição militar do ano passado. Em 2019, a comemoração teve sobrevoos de caças, bandas militares e desfiles de tanques e veículos blindados, além de comentários do presidente do Lincoln Memorial.

As festividades estão sendo ofuscadas pela pandemia de covid-19, e também pelos protestos após a morte de George Floyd sob custódia da polícia de Minneapolis. Ontem, durante visita ao Monte Rushmore, Trump criticou manifestantes que tentaram derrubar ou vandalizar estátuas e monumentos em meio a protestos em todo o país contra a violência policial e o racismo sistêmico.

“Nossa nação está testemunhando uma campanha impiedosa para acabar com a nossa história, difamar nossos heróis, apagar nossos valores e doutrinar nossos filhos”, disse Trump, argumentando que havia um esforço em andamento por parte da esquerda para “acabar com a Revolução Americana.”

Em Washington, a prefeita Muriel Bowser pediu aos moradores que fiquem perto de casa e tenham cuidado ao organizar ou participar de reuniões. Embora a propagação do vírus tenha diminuído na área de Washington, ela enfatizou que novos casos continuam surgindo e pediu atenção. Até 2 de julho, Washington teve 10.454 casos positivos de coronavírus e 555 mortes. O distrito está na fase dois de sua reabertura, o que significa que academias e salões de beleza podem ser abertos com restrições, e os restaurantes podem oferecer refeições limitadas em áreas internas. A maioria das reuniões de mais de 50 pessoas é proibida, mas isso não se aplica a áreas federais.

Durante coletiva de imprensa, Bowser alertou sobre o evento no National Mall. Ela disse que analisou um anúncio do Departamento do Interior sobre os planos. “Comunicamos a eles que não achamos que isso esteja de acordo com as melhores orientações do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) e do Departamento de Saúde”. Ela observou, porém, que “esse evento ocorrerá inteiramente em propriedades federais”. Na sexta-feira, Bowser publicou no Twitter: “Só porque alguém o convida para uma festa não significa que você precise ir.”

Monumentos no centro de Washington também serão pontos de encontro para uma série de protestos que, segundo os organizadores, chamarão atenção de forma pacífica para a violência contra a comunidade negra e outras causas. Os eventos estavam programados para começar às 10h (horário local) e continuar durante todo o dia até a noite, de acordo com as páginas de mídia social criadas pelos organizadores. Fonte: Dow Jones Newswires.

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