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Covid-19

Rússia promete ‘centenas de milhares’ de vacinas até o final de 2020

A Rússia é o quarto país no mundo mais afetado pela pandemia, atrás dos Estados Unidos, Brasil e Índia

Por Agência Estado

03 de agosto de 2020, às 11h39 • Última atualização em 03 de agosto de 2020, às 13h47

A Rússia garantiu nesta segunda-feira que em breve terá capacidade para produzir centenas de milhares de doses da vacina contra o novo coronavírus e que aumentará sua produção para “vários milhões” a partir do início do próximo ano.

“De acordo com as primeiras estimativas, poderemos fornecer várias centenas de milhares de doses da vacina a cada mês a partir deste ano e depois vários milhões a partir do início do próximo ano”, disse o ministro do Comércio, Denis Maturov, à agência estatal TASS.

Maturov explicou que três empresas biomédicas iniciarão, em setembro, a produção industrial do imunizante desenvolvido pelo laboratório de pesquisa em epidemiologia e microbiologia Nikolái Gamaleia.

A Rússia, como muitos outros países, trabalha há vários meses em vários projetos de vacinas da Covid-19 e, por enquanto, foi dada prioridade ao laboratório Gamaleia, desenvolvido em colaboração com o Ministério da Defesa e cujos detalhes não foram publicados – o que pode impossibilitar a certificação da eficácia da vacina.

O Vektor State Research Center, na Sibéria, está trabalhando em outra vacina, cujas primeiras doses devem estar prontas a partir de outubro, segundo as autoridades.

A Rússia é o quarto país no mundo mais afetado pela pandemia, atrás dos Estados Unidos, Brasil e Índia, e desde abril manifesta sua disposição a ser um dos primeiros países, ou mesmo o primeiro, a desenvolver a vacina contra a Covid-19.

Pesquisadores internacionais, no entanto, alertaram para o rápido desenvolvimento de vacinas na Rússia e consideraram que vários processos científicos não foram respeitados para acelerar o trabalho, realizado sob pressão de Moscou.

Rússia contatou Butantã

O Instituto Butantã foi procurado por autoridades da Rússia para negociar uma eventual parceria para produção da vacina contra o coronavírus, segundo disse o presidente do Instituto, Dimas Covas, no último dia 29. As negociações seguem em andamento.

Covas disse que a parceria não é descartada pelo Butantã, que já está associado ao laboratório da China Sinovac Biotech para o desenvolvimento da fase 3 de um imunizante chinês.

Para isso, entretanto, o instituto aguarda um novo contato dos russos, com respostas para algumas informações solicitadas. A informação foi dada durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, para tratar da situação da pandemia no Estado.

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