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Mundo

Partido islâmico defende novas eleições na Tunísia

Por Agência Estado

28 de julho de 2021, às 07h50 • Última atualização em 28 de julho de 2021, às 08h12

O partido islâmico Ennahdha, principal força do Parlamento tunisiano ao qual pertence o primeiro-ministro destituído no domingo, 25, pelo presidente Kais Saied, anunciou nesta terça, 27, que está preparado para realizar eleições antecipadas para proteger a democracia e evitar um regime autocrático. O presidente destituiu ministros e congelou as atividades do Parlamento no domingo e enquanto a medida vigorar – prazo legal é de 30 dias – viagens entre as cidades estão proibidas, assim como reuniões de mais de três pessoas nas ruas. Um toque de recolher vigora agora entre as 19 e 6 horas.

Após a remoção do premiê Hichem Mechichi, o partido exortou os cidadãos a defenderem seus direitos e liberdades, mas cessarem os protestos nas ruas e não permitir que a contrarrevolução ganhe legitimidade com a violência e o derramamento de sangue que os “bandidos organizados” buscam. Horas antes do anúncio do Ennahdha, Mechichi anunciou que aceitava sua destituição assim como a transferência pacífica de poderes para não se tornar um elemento perturbador que complique ainda mais crise do país.

As medidas decretadas por Saied marcam o processo de centralização de poder no presidente, ainda que ele negue que esteja dando um golpe. Segundo a narrativa oficial, as medidas não estão relacionadas à política, e sim à prevenção à covid-19 – cujo aumento de casos foi um dos fatores que provocou a mobilização popular. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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