25 de abril de 2024 Atualizado 10:56

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Mundo

Papa faz apelo contra ‘blogs e grupos’ hostis à Igreja

Orientação foi incluída entre os preceitos recomendados para a atuação dos núncios apostólicos, que são representantes diplomáticos do Vaticano

Por Agência Estado

13 de junho de 2019, às 18h37 • Última atualização em 14 de junho de 2019, às 16h13

Em uma audiência com mais de cem representantes pontifícios, nesta quinta-feira, 13, o papa Francisco distribuiu um discurso por escrito em que repreende o uso de blogs e a associação com “grupos hostis” ao pontífice e à Igreja Católica. A orientação foi incluída entre os preceitos recomendados para a atuação dos núncios apostólicos, que são representantes diplomáticos do Vaticano.

A reunião, convocada pelo papa, ocorre três dias após a publicação de uma entrevista com o arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-núncio em Washington, que criticou a atuação de Francisco e lançou suspeitas sobre os dois papas anteriores, Bento XVI e João Paulo II. Após culpar o atual papa de ser conivente com as acusações de abuso sexual relativas ao ex-cardeal e arcebispo emérito Theodore McCarrick, Viganó insinuou que seus antecessores também poderiam ter suas reputações prejudicadas pelo caso. O arcebispo não apresentou provas do que disse.

No discurso entregue nesta quinta, o papa escreveu que é “incompatível ser representante pontifício com criticar o papa por trás, ter blogs ou até mesmo se unir a grupos hostis a ele, à Cúria e à Igreja de Roma.” O papa também dirigiu algumas palavras em particular aos presentes, segundo o Vatican News, veículo oficial do Vaticano. Um total de 98 núncios apostólicos compareceram à reunião, que deve durar até o sábado.

“Vocês não devem jamais esquecer que representam o rosto da catolicidade e a universalidade da Igreja nas igrejas locais espalhadas em todo o mundo e nos governos”, disse o papa aos representantes eclesiásticos. Ele acrescentou que o núncio deve exercer papel da “mediação, da comunhão, do diálogo e da reconciliação”.

Publicidade