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Mundo

Organizações mobilizam campanhas para ajudar afegãos; veja como colaborar

Diretor da Cruz Vermelha diz que ainda é difícil prever o resultado na transição que acontece no país

Por Agência Estado

19 de agosto de 2021, às 10h56 • Última atualização em 19 de agosto de 2021, às 11h27

Afegãos assistem ao retorno da milícia radical Taleban ao poder no país após 20 anos - Foto: Francisco Seco - Associated Press - Estadão Conteúdo

Em um apelo por uma mobilização para ajudar os afegãos, o diretor-geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Robert Mardini, disse que ainda é difícil prever o resultado na transição que acontece no país, mas que as necessidades humanitárias continuarão altas. Com essa preocupação, algumas organizações já mantêm campanhas para quem quiser doar e ajudar os afegãos, que assistem ao retorno da milícia radical Taleban ao poder no país após 20 anos.

Segundo Mardini, o CICV está aliviada ao ver que a cidade de Cabul está evitando o que poderia ter sido uma guerra urbana devastadora. No entanto, disse, a organização continua atenta aos milhares de civis que estão feridos e foram deslocados em decorrência dos últimos combates em outros centros urbanos.

Desde 1º de agosto, mais de 7,6 mil pacientes com ferimentos causados por armas receberam tratamento em estabelecimentos de saúde apoiados pelo CICV em todo o país. Nos meses de junho, julho e agosto, mais de 40 mil pessoas feridas por armas foram tratadas nesses estabelecimentos de saúde, explicou ele, prevendo que as equipes de saúde e reabilitação física do CICV deverão receber pacientes nos próximos meses e anos.

“Atualmente, o CICV tem um déficit de financiamento de cerca de 30 milhões de francos suíços (US$ 33 milhões), de um orçamento de aproximadamente 79 milhões de francos suíços (US$ 86 milhões). Fazemos um apelo de fundos aos doadores para um financiamento adicional imediato que tem como objetivo apoiar o nosso trabalho, incluindo na área médica e nos nossos centros de reabilitação física.”

A Acnur (Agência da ONU para Refugiados), destacou estar particularmente preocupada com o impacto do conflito sobre mulheres e meninas. Aproximadamente 80% dos cerca de 250 mil afegãos forçados a abandonar suas casas desde o fim de maio são mulheres e crianças, lembrou a organização. “Quase 400 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas desde o início do ano. Esse número soma-se a 2,9 milhões de afegãos já deslocados internamente em todo o país – dado registrado no final de 2020”, explica a Acnur.

Segundo a porta-voz da Acnur Shabia Mantoo, as equipes humanitárias, como parte do esforço mais amplo da ONU, avaliaram as necessidades de quase 400 mil deslocados internamente este ano. “Respondendo inicialmente às prioridades mais críticas, foram fornecidos alimentos, abrigo, kits de higiene e sanitários e outros tipos de assistência para salvar vidas, juntamente com parceiros”, afirmou a porta-voz.

Ela explica que a esmagadora maioria dos afegãos forçados a deixar suas casas permanece dentro do país, tão perto de suas casas quanto os combates permitem. Desde o início deste ano, segundo Mantoo, quase 120 mil afegãos fugiram de áreas rurais e cidades provinciais para a província de Cabul. “O Acnur pede à comunidade internacional que aumente urgentemente seu apoio para responder a esta última crise de deslocamento do Afeganistão.”

Saiba como doar:

Comitê Internacional da Cruz Vermelha

Acnur

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