28 de março de 2024 Atualizado 07:41

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Mundo

Negociadores do Reino Unido e da UE avançam em acordo para o Brexit

Por Agência Estado

15 de outubro de 2019, às 17h26 • Última atualização em 15 de outubro de 2019, às 18h33

Negociadores britânicos e europeus avançaram nesta terça-feira, 15, para apresentar um novo acordo para o Reino Unido deixar a União Europeia antes do prazo final de 31 de outubro. O esboço do pacto consiste em criar uma fronteira aduaneira entre o bloco e o país no Mar da Irlanda e manter aberta a fronteira terrestre entre a Irlanda e a Irlanda do Norte para evitar um Brexit sem acordo – potencialmente caótico para os britânicos.

Segundo o negociador-chefe da UE, Michael Barnier, isso evitaria a instalação de uma fronteira física que implicaria no fim dos Acordos da Sexta-Feira Santa, que colocaram fim ao confronto na Irlanda do Norte em 1998.

“As negociações estão ativas e um resultado positivo ainda é possível”, disse Barnier, que ressaltou que ainda há diversas questões técnicas a serem resolvidas.

Caso confirmado, o acordo indicaria uma concessão do premiê Boris Johnson, que corre contra o tempo para evitar uma nova prorrogação do Brexit. Eurocéticos dentro do Partido Conservador temem que, caso um acordo não seja fechado, a chance de um segundo referendo que rejeite definitivamente o Brexit ganhe força.

Por meio de um porta-voz, Johnson disse que pretende apresentar um acordo na reunião do Conselho de Ministros da UE na quinta-feira. “Estamos trabalhando duro e cientes de que o prazo é curto”, disse o porta-voz James Slack.

No Parlamento britânico, o principal obstáculo para um acordo nesses termos é o DUP, partido unionista da Irlanda do Norte, que forma a coalizão de governo de Johnson. O DUP diz que qualquer medida que trate a região de forma distinta consistiria numa divisão informal do Reino Unido, algo inaceitável para a legenda.

Representantes da Alemanha e da França, os principais países da UE, se disseram otimistas com um acordo. O chanceler da Irlanda Simon Coveney, disse que as próximas horas são críticas. “Vai ser difícil, mas não impossível”, disse. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Publicidade